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Este artigo discute o papel formador de projetos de dicionários realizados em sala de aula durante a pandemia de covid-19, inscritos no que a autora denomina “lexicografia crítica”. A discussão é guiada por uma concepção de linguagem filiada ao materialismo histórico, na qual se assume a indissociabilidade entre linguagem, subjetividade e sociedade. Ancorada nessa concepção, a autora defende que o exercício da lexicografia crítica por linguistas e professores de língua em formação pode possibilitar ou mesmo fomentar uma leitura ativa dos dicionários, uma escrita autoral e uma reflexão sobre a inscrição material da subjetividade na língua.