L. Benato, Bernardo Olsson, Lígia de Oliveira Carlos, Maria Eliana M. Schieferdecker, Cesar Augusto Taconeli, Nelson Luis Barbosa Rebellato, Rafaela Scariot
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O percentual de perda de peso involuntária foi calculado e classificado de acordo com a gravidade, em: moderada (< 5%) ou intensa (> 5%). Os modelos foram ajustados usando análise de regressão baseada em modelos lineares mistos, e os testes t pareado e qui-quadrado foram aplicados utilizando-se o software R. Resultados: A variação de IMC nos 40 dias foi diferente entre os tipos de cirurgia (p = 0,019): houve diferença nos dois momentos de avaliação, tanto para a cirurgia monomaxilar (-0,86 kg/m²; p < 0,001) quanto para a bimaxilar (-1,44 kg/m²; p < 0,001). A variação de peso nos 40 dias não foi a mesma para pacientes submetidos às cirurgias monomaxilar e bimaxilar (p = 0,030). Ao avaliar os exames laboratoriais, não foram observados efeitos significativos. Conclusões: A cirurgia ortognática induz diminuição do IMC e do peso, sendo que os pacientes submetidos à cirurgia bimaxilar perdem quase o dobro de peso, quando comparados aos submetidos à cirurgia monomaxilar. 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Mudanças nutricionais em pacientes submetidos a cirurgias ortognáticas monomaxilares e bimaxilares
Introdução: A cirurgia ortognática causa prejuízo da função mastigatória no pós-operatório imediato. Objetivo: O objetivo desse estudo foi comparar as alterações no Índice de Massa Corporal (IMC), perda de peso e alterações em exames laboratoriais após a cirurgia ortognática monomaxilar e bimaxilar. Métodos: Estudo prospectivo por dois anos, onde os pacientes foram separados de acordo com a cirurgia realizada. No pré-operatório de uma semana e no pós-operatório de quarenta dias, foram obtidos o IMC e o Peso Atual (PA), e foi solicitado exame de hemograma completo e albumina sérica. O percentual de perda de peso involuntária foi calculado e classificado de acordo com a gravidade, em: moderada (< 5%) ou intensa (> 5%). Os modelos foram ajustados usando análise de regressão baseada em modelos lineares mistos, e os testes t pareado e qui-quadrado foram aplicados utilizando-se o software R. Resultados: A variação de IMC nos 40 dias foi diferente entre os tipos de cirurgia (p = 0,019): houve diferença nos dois momentos de avaliação, tanto para a cirurgia monomaxilar (-0,86 kg/m²; p < 0,001) quanto para a bimaxilar (-1,44 kg/m²; p < 0,001). A variação de peso nos 40 dias não foi a mesma para pacientes submetidos às cirurgias monomaxilar e bimaxilar (p = 0,030). Ao avaliar os exames laboratoriais, não foram observados efeitos significativos. Conclusões: A cirurgia ortognática induz diminuição do IMC e do peso, sendo que os pacientes submetidos à cirurgia bimaxilar perdem quase o dobro de peso, quando comparados aos submetidos à cirurgia monomaxilar. Os exames laboratoriais não apresentaram diferença estatisticamente significativa.