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O instante dilatado, uma comunhão ontológico-pictórica entre Merleau-Ponty e Cartier-Bresson
O presente texto ergue-se por um inquietante enigma: qual é o verdadeiro alcance da visão? Esta interrogação encontra sustentáculo nas obras de Merleau-Ponty, em destaque, O Visível e o Invisível, O Olho e o Espírito e A dúvida de Cézanne. O ato de ver expressa um singular paradoxo: o de abarcar reminiscências do invisível, resíduos, lacunas ou conforme o autor posiciona, a percepção primordial. Para além dos interesses da fenomenologia, esse é, também, a busca da estética. Em especial, na pintura e na fotografia, constam um entrelaçamento alquímico entre o mundo e o artista, capaz de não só confundir a vida e a arte, mas, sobretudo, o tato e a visão, o externo e o interno, a razão e a loucura, o mundo e o sujeito. Ambas, entre pinceladas e cliques, se aproximam de um mundo primordial anterior à ciência: o instante dilatado. Trata-se de um “entre” que explora a carne, estofo do mundo.