Ana Claudia Sismer, Juliane Hoinoski, Maria Maria Clara Hasper de Souza, Kennidy de Bortoli, Kelly Cristina Massarolo
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Para isso, três concentrações dos extratos 0,3%, 2,5% e 5% foram adicionados ao ágar batata dextrose (BDA) e distribuídos em placas de Petri. Após solidificação, o fungo foi inoculado com um disco de micélio ativo. As placas foram incubadas a 25°C para simular o desenvolvimento do P. roqueforti. Controles com meio BDA contendo solução de etanol também foram realizados. Os resultados mostraram que o extrato de alecrim na concentração de 5% reduziu o desenvolvimento micelial do fungo em 33,4%, enquanto as concentrações de 0,3% e 2,5% não apresentaram efeito inibitório. Por outro lado, o extrato de erva-mate não demonstrou atividade antifúngica em nenhuma das concentrações testadas. Apesar do extrato de erva-mate apresentar um maior teor de compostos fenólicos (474,59 ± 4,62 µg/mL) em comparação com o extrato de alecrim (167,31 ± 3,19 µg/mL), a inibição do fungo não foi observada. 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Aplicação de extratos naturais na inibição do fungo Penicillium roqueforti
O fungo Penicillium roqueforti é amplamente reconhecido por seu papel na produção do queijo Roquefort. Pertencente ao gênero Penicillium, este fungo é caracterizado por sua cor azul-esverdeada e é essencial na maturação de queijos de mofo azul, contribuindo para seu sabor e aroma únicos. No entanto, P. roqueforti também pode causar deterioração em outros produtos alimentícios, resultando em mudanças indesejáveis na qualidade dos mesmos. Diante disso, torna-se necessário desenvolver métodos eficazes para mitigar esse problema. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antifúngica in vitro dos extratos etanólicos de erva-mate (Ilex paraguariensis) e alecrim (Rosmarinus officinalis L.) frente ao fungo P. roqueforti. Para isso, três concentrações dos extratos 0,3%, 2,5% e 5% foram adicionados ao ágar batata dextrose (BDA) e distribuídos em placas de Petri. Após solidificação, o fungo foi inoculado com um disco de micélio ativo. As placas foram incubadas a 25°C para simular o desenvolvimento do P. roqueforti. Controles com meio BDA contendo solução de etanol também foram realizados. Os resultados mostraram que o extrato de alecrim na concentração de 5% reduziu o desenvolvimento micelial do fungo em 33,4%, enquanto as concentrações de 0,3% e 2,5% não apresentaram efeito inibitório. Por outro lado, o extrato de erva-mate não demonstrou atividade antifúngica em nenhuma das concentrações testadas. Apesar do extrato de erva-mate apresentar um maior teor de compostos fenólicos (474,59 ± 4,62 µg/mL) em comparação com o extrato de alecrim (167,31 ± 3,19 µg/mL), a inibição do fungo não foi observada. Isso sugere que a ação inibitória do extrato de alecrim não está exclusivamente relacionada aos compostos fenólicos, mas provavelmente à combinação de outros compostos bioativos presentes no extrato.