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Schopenhauer e o possível rompimento com o antropocentrismo kantiano
A pesquisa que aqui se apresenta é uma tentativa de mostrar em que medida Schopenhauer é crítico ao antropocentrismo kantiano. Esse tema partiu de uma perspectiva ecofeminista sobre um aparente conflito entre alguns pontos da filosofia de Schopenhauer: 1) a influência de Kant sobre sua obra, 2) as evidências de machismos e, curiosamente, 3) a sua utilização por filósofos contemporâneos para pensar uma ética animal ou ambiental. O primeiro ponto, baseado em críticas à tradição moderna, sugere que Schopenhauer seja leitor de uma teoria antropocêntrica. O segundo não permite ignorar que a realização de sua filosofia produz pelo menos um tipo de desigualdade. E o terceiro sugere, no sentido de diminuir os sofrimentos político-ecológicos tão presentes na atualidade, uma ética que atribui um mesmo valor moral à toda natureza ou pelo menos a todos os animais, inclusive humanos. O objetivo deste artigo é, então, investigar se, de fato, Schopenhauer é crítico ao antropocentrismo kantiano e pode ser utilizado para pensar uma ética mais igualitária e abrangente, ou se as mesmas críticas feitas a Kant por algumas teóricas ecofeministas também se aplicam ao pensamento schopenhaueriano.