Letícia de Alcântara Pereira, Victória Prochmann Piasecki, Alexandra Czepula, Hudson Prestes dos Santos
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Tais fatos demonstram a importância dos acadêmicos do curso de graduação em Medicina serem qualificados no tema, objetivando a capacidade de garantir a assistência integral aos seus futuros pacientes. Objetivo: Verificar o conhecimento dos estudantes do curso de graduação em Medicina de uma faculdade particular de Curitiba/PR sobre o uso de Práticas Integrativas e Complementares na área de saúde e conhecer a percepção pessoal destes sobre a importância da abordagem do tema na graduação. Método: Estudo de natureza quantitativa de cunho descritivo realizado por meio da aplicação de um questionário semiestruturado via Google Formulários com estudantes do curso de graduação em Medicina de uma instituição particular de ensino superior de Curitiba/PR. Resultados: Foram obtidas 212 respostas, nas quais observou-se que os estudantes consideram seu conhecimento sobre as terapias complementares insuficiente, uma vez que somente 2% dos participantes julgaram-se capazes de orientar seus futuros pacientes em relação ao uso de terapias alternativas. Entretanto, 93,4% deles demonstram interesse em aprender formalmente sobre o tema. Conclusão: É essencial que o médico generalista tenha conhecimentos básicos sobre as modalidades alternativas de tratamentos, tanto para desenvolver uma relação médico-paciente humanizada, quanto para garantir a segurança nas suas decisões terapêuticas. 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Perception of undergraduate medical students on the use of integrative and complementary practices
Introdução: O crescente uso de métodos não convencionais que proporcionam um cuidado holístico do paciente é um fenômeno global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 80% da população dos países em desenvolvimento faz uso de Medicina Tradicional e Complementar (CAM). No Brasil muitas destas práticas são reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como parte integrante do plano terapêutico de condições diversas. Segundo o Ministério da Saúde, 29 delas são oficializadas e passíveis de serem disponibilizadas à população. Tais fatos demonstram a importância dos acadêmicos do curso de graduação em Medicina serem qualificados no tema, objetivando a capacidade de garantir a assistência integral aos seus futuros pacientes. Objetivo: Verificar o conhecimento dos estudantes do curso de graduação em Medicina de uma faculdade particular de Curitiba/PR sobre o uso de Práticas Integrativas e Complementares na área de saúde e conhecer a percepção pessoal destes sobre a importância da abordagem do tema na graduação. Método: Estudo de natureza quantitativa de cunho descritivo realizado por meio da aplicação de um questionário semiestruturado via Google Formulários com estudantes do curso de graduação em Medicina de uma instituição particular de ensino superior de Curitiba/PR. Resultados: Foram obtidas 212 respostas, nas quais observou-se que os estudantes consideram seu conhecimento sobre as terapias complementares insuficiente, uma vez que somente 2% dos participantes julgaram-se capazes de orientar seus futuros pacientes em relação ao uso de terapias alternativas. Entretanto, 93,4% deles demonstram interesse em aprender formalmente sobre o tema. Conclusão: É essencial que o médico generalista tenha conhecimentos básicos sobre as modalidades alternativas de tratamentos, tanto para desenvolver uma relação médico-paciente humanizada, quanto para garantir a segurança nas suas decisões terapêuticas. Ao adquirir informações científicas e identificar possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas dessas terapias, a assistência médica se torna mais qualificada e integral.