Marine Dubos-Raoul, Jhiovanna Eduarda Braghin Ferreira, D. Borges, Mauro Henrique Soares Silva, Hermiliano Felipe Decco
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Foram escolhidos os dados relativos ao ano 2020 (05/2020 até 01/2021), referente aos casos positivos, óbitos e incidência na escala dos bairros. Para entender e explicar tal espacialização, buscamos cruzar com os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no que se referem a demografia por bairros, rendimento nominal mensal per capita e situação por cor ou raça. Com a realização de uma espacialização da taxa de incidência foi possível visualizar os bairros onde as taxas de incidência se destacaram mais. Cruzando com os dados de renda e raça foi possível verificar que o vírus atingiu primeiro os bairros onde residem classes sociais mais altas para depois se espalhar mais amplamente. 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ANÁLISE DA ESPACIALIZAÇÃO INTRAURBANA DOS CASOS CONFIRMADOS DE COVID-19 EM TRÊS LAGOAS-MS NO ANO DE 2020
A pandemia de Covid-19 rapidamente se alastrou pelo mundo, Governos adotaram medidas de restrição e de distanciamento social com intuito de conter a propagação do vírus e assim evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde, onde tais medidas não foram tomadas, ou foram tomadas de maneira parcial, o que teve como consequências uma circulação maior do vírus. O presente trabalho propõe analisar a espacialização dos casos confirmados de Covid-19 nos diferentes bairros da cidade de Três Lagoas-MS em função das características socioeconômicas de cada. Foram tabulados e organizados dados notificados e comunicados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Três Lagoas-MS. Foram escolhidos os dados relativos ao ano 2020 (05/2020 até 01/2021), referente aos casos positivos, óbitos e incidência na escala dos bairros. Para entender e explicar tal espacialização, buscamos cruzar com os dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no que se referem a demografia por bairros, rendimento nominal mensal per capita e situação por cor ou raça. Com a realização de uma espacialização da taxa de incidência foi possível visualizar os bairros onde as taxas de incidência se destacaram mais. Cruzando com os dados de renda e raça foi possível verificar que o vírus atingiu primeiro os bairros onde residem classes sociais mais altas para depois se espalhar mais amplamente. Desta forma, foi possível verificar que as características próprias ao território definem a difusão do vírus no espaço e que a organização territorial urbana acaba criar desigualdades espaciais e por consequente se repercutir nos grupos sociais menos favorecidos na expansão da Covid-19.