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A CÓLERA EM MAPAS: TEORIAS MÉDICAS, RACIOCÍNIO GEOGRÁFICO E CARTOGRAFIA NO SÉCULO XIX
O presente artigo busca, através de uma análise comparativa entre diferentes mapas de surtos de cólera no século XIX, discutir de que formas a cartografia se inseriu no processo do pensamento geográfico relacionado às doenças e suas causas no período proposto. Pretende-se comparar um certo número de mapas escolhidos que demonstram que a cartografia, além de uma forma de destacar áreas nas quais havia um maior ou menor número de casos da doença, participava diretamente da defesa de certa teoria quanto à sua causa, a depender dos elementos escolhidos a serem representados nos mapas. Nesse sentido, em um período no qual as causas da cólera ainda não eram claras para o saber médico, o raciocínio geográfico se associa a este, combinando diferentes características espacializadas aos casos pontuais da doença, na busca de um possível esclarecimento quanto à sua origem. Além disso, a comparação dos mapas nos permite acessar uma compreensão quanto ao papel da produção do mapa ao longo do raciocínio geográfico associado aos surtos e suas particularidades, podendo estes adquirir uma função ilustrativa do processo de pensamento, ou como uma ferramenta ativa de compreensão, de forma a tornar visíveis informações associadas que permitiriam certo esclarecimento acerca da difusão da doença no espaço.