Edson Mendes da Silva, Maria Lidia Bueno Fernandes
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Esse trabalho aborda o modelo socioeducativo brasileiro a partir do caso empírico do Distrito Federal. Estabelecida a importância da legislação consubstanciada no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, quanto a sua relevância na concretude cotidiana da vida sob tutela do Estado, pensamos necessário avançar no debate crítico acerca da essência e implicações desse novo paradigma. Pois, apesar de seus anseios formais, persiste a velha lógica da seletividade punitiva; como antes, o atendimento socioeducativo segue encarcerando a juventude periférica– agora sob novos discursos. Reafirma-se, assim, o cárcere como o ápice de trajetórias sociais excludentes, lastreadas pela negação de direitos, sob a vigilância de instituições punitivistas. Logo, a socioeducação em sua prática diária reverbera a colonialidade dos ecos racistas fundantes desse país, ao afirmar o encarceramento juvenil negro sob a égide da educação.