Maria Eduarda Paranhos Gurgel, Rúbia Martins Plastino, Maria Fernanda das Chagas, Milenna Pontes Cordeiro, Clara de Assis Maciel, Pedro Victor Maia Costa, Ulisses Caribé Soares Lustosa, Pedro Freitas Moura, Davi Rodrigues de Albuquerque, Manuela Barbosa Rodrigues de Souza
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Uso de álcool e tabaco durante a gestação e a incidência do Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser definido como uma série de sintomas sociais, de comunicação, de padrões de pensamento e ações, além de um nível de funcionamento intelectual variável. Questiona-se a existência de uma relação entre o uso de álcool e tabaco, pela gestante, sobretudo no primeiro trimestre gestacional, e o desenvolvimento do TEA na prole. A presente revisão sistemática objetivou discutir a interferência do uso dessas substâncias durante a gravidez na incidência do TEA, descrevendo mecanismos de ação dessas drogas lícitas no organismo materno e seus desdobramentos na vida intrauterina do feto. Essa análise foi realizada a partir de artigos selecionados, dentre produções científicas publicadas dos anos de 2018 a 2023, completas e gratuitas, nos idiomas português, inglês ou espanhol, disponíveis na base de dados PubMed. Há divergências entre os achados na literatura quanto à relação entre o consumo de álcool e tabaco na gestação e a incidência de TEA na prole. Entretanto, alguns estudos apontam para mecanismos de ação dessas drogas que aumentam a propensão ao TEA durante o desenvolvimento intrauterino, como a exposição à nicotina e ao ácido fórmico, a produção de citocinas inflamatórias e alterações epigenéticas em tecidos fetais. Sendo assim, percebe-se que há interferência do uso de álcool e tabaco no metabolismo materno e fetal, porém existem poucos estudos e evidências sobre sua influência na incidência do TEA, sendo necessário o incentivo à realização de mais pesquisas acerca dessa relação.