Matthias Grenzer, Cleodon Amaral de Lima, Robert Barbosa Cardoso
{"title":"\"我的希望来自他","authors":"Matthias Grenzer, Cleodon Amaral de Lima, Robert Barbosa Cardoso","doi":"10.46525/ret.v39i1.1849","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O presente estudo se propõe a traduzir e interpretar o Salmo 62, texto composto em hebraico no decorrer do primeiro milênio antes de Cristo. Em especial, procura-se por uma compreensão mais exata do que o salmista afirma no versículo 6 de sua oração poética: “Ó minha alma, acalma-te somente em relação a Deus, porque dele vem minha esperança!”. Existe, sobretudo, o interesse de descobrir a reflexão teológica que acompanha o vocábulo “esperança”, palavra-chave para a espiritualidade judaico-cristã. Afinal, todo ser humano se encontra necessitado de esperança. Isto é, ser esperançoso é algo constitutivo da existência humana. No entanto, embora a questão da esperança em si una as pessoas, as respostas não o fazem. Nesse sentido, observa-se que, comumente, se cultivam esperanças marcadas por interesses particulares e até agressões nada respeitosas à sobrevivência digna de todos. Por isso, é de suma importância estabelecer um diálogo qualificado sobre quem e/ou o que merece tornar-se alvo de esperanças a serem cultivadas pelo ser humano. O Salmo 62 traz uma, isto é, a sua proposta. Respeitando a relativa autonomia desse poema antigo, sua linguagem artística e seu contexto literário-histórico, a investigação a seguir procura, portanto, pela esperança de quem aqui reza. Aliás, justamente a oração, momento em que o ser humano se abre ao diálogo com Deus, parece ser um espaço privilegiado para, criticamente, rever o que é digno de tornar-se esperança.","PeriodicalId":21387,"journal":{"name":"Revista Encontros Teológicos","volume":" 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-05-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"“Dele vem minha esperança”\",\"authors\":\"Matthias Grenzer, Cleodon Amaral de Lima, Robert Barbosa Cardoso\",\"doi\":\"10.46525/ret.v39i1.1849\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"O presente estudo se propõe a traduzir e interpretar o Salmo 62, texto composto em hebraico no decorrer do primeiro milênio antes de Cristo. Em especial, procura-se por uma compreensão mais exata do que o salmista afirma no versículo 6 de sua oração poética: “Ó minha alma, acalma-te somente em relação a Deus, porque dele vem minha esperança!”. Existe, sobretudo, o interesse de descobrir a reflexão teológica que acompanha o vocábulo “esperança”, palavra-chave para a espiritualidade judaico-cristã. Afinal, todo ser humano se encontra necessitado de esperança. Isto é, ser esperançoso é algo constitutivo da existência humana. No entanto, embora a questão da esperança em si una as pessoas, as respostas não o fazem. Nesse sentido, observa-se que, comumente, se cultivam esperanças marcadas por interesses particulares e até agressões nada respeitosas à sobrevivência digna de todos. Por isso, é de suma importância estabelecer um diálogo qualificado sobre quem e/ou o que merece tornar-se alvo de esperanças a serem cultivadas pelo ser humano. O Salmo 62 traz uma, isto é, a sua proposta. Respeitando a relativa autonomia desse poema antigo, sua linguagem artística e seu contexto literário-histórico, a investigação a seguir procura, portanto, pela esperança de quem aqui reza. Aliás, justamente a oração, momento em que o ser humano se abre ao diálogo com Deus, parece ser um espaço privilegiado para, criticamente, rever o que é digno de tornar-se esperança.\",\"PeriodicalId\":21387,\"journal\":{\"name\":\"Revista Encontros Teológicos\",\"volume\":\" 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-05-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Encontros Teológicos\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.46525/ret.v39i1.1849\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Encontros Teológicos","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.46525/ret.v39i1.1849","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O presente estudo se propõe a traduzir e interpretar o Salmo 62, texto composto em hebraico no decorrer do primeiro milênio antes de Cristo. Em especial, procura-se por uma compreensão mais exata do que o salmista afirma no versículo 6 de sua oração poética: “Ó minha alma, acalma-te somente em relação a Deus, porque dele vem minha esperança!”. Existe, sobretudo, o interesse de descobrir a reflexão teológica que acompanha o vocábulo “esperança”, palavra-chave para a espiritualidade judaico-cristã. Afinal, todo ser humano se encontra necessitado de esperança. Isto é, ser esperançoso é algo constitutivo da existência humana. No entanto, embora a questão da esperança em si una as pessoas, as respostas não o fazem. Nesse sentido, observa-se que, comumente, se cultivam esperanças marcadas por interesses particulares e até agressões nada respeitosas à sobrevivência digna de todos. Por isso, é de suma importância estabelecer um diálogo qualificado sobre quem e/ou o que merece tornar-se alvo de esperanças a serem cultivadas pelo ser humano. O Salmo 62 traz uma, isto é, a sua proposta. Respeitando a relativa autonomia desse poema antigo, sua linguagem artística e seu contexto literário-histórico, a investigação a seguir procura, portanto, pela esperança de quem aqui reza. Aliás, justamente a oração, momento em que o ser humano se abre ao diálogo com Deus, parece ser um espaço privilegiado para, criticamente, rever o que é digno de tornar-se esperança.