Lucca Oliveira Franklin de Almeida, Maria Lúcia D’arbo Alves
{"title":"代谢综合征患者对 COVID-19 的易感性","authors":"Lucca Oliveira Franklin de Almeida, Maria Lúcia D’arbo Alves","doi":"10.55905/rdelosv17.n55-021","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A síndrome metabólica é diagnosticada a partir da presença de 3 dos 5 critérios estabelecidos pela OMS, sendo eles: gordura abdominal; triglicérides acima de 150 mg/dL; HDL menor que 40 mg/dL em homens e 50 mg/dL em mulheres; glicemia de jejum acima de 100 mg/dL, diabetes ou aumento da resistência à insulina; pressão sanguínea maior ou igual a 130/85 mmHg ou em tratamento anti-hipertensivo. Já a COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda grave, com o vírus adentrando as células do corpo humano a partir da ligação de sua proteína spike com a ECA 2, presente nas células epiteliais do pulmão, intestino delgado, vasos e adipócitos. Ambas as doenças desencadeiam o estado pró-trombótico de inflamação sistêmica e contínua. O objetivo deste resumo é trazer informações sobre a suscetibilidade de pacientes com síndrome metabólica para COVID-19. A metodologia utilizada foi um resumo com base nas plataformas PubMed e Scielo, sendo o critério a inclusão artigos em língua portuguesa e inglesa dos últimos 2 anos sobre a temática abordada. A pesquisa foi realizada a partir da combinação de termos que incluíam “síndrome metabólica”, “covid-19” e “obesidade”. O resultado para pacientes obesos que apresentam o aumento da expressão da ECA 2 será a possível expansão do vírus pelo seu corpo ocasionando um quadro grave de COVID-19. Ademais, desencadeia o estado inflamatório constante gerado a partir da secreção de substâncias danosas por adipócitos, macrófagos, células endoteliais e fibroblastos, sendo as principais: adiponectina, IL-6, TNF-α, angiotensinogênio e PAI-1. A repercussão obtida é o aumento da resistência à insulina, processo inflamatório sistêmico contínuo com estado pró-trombótico e hipertensão. A suscetibilidade de pacientes com síndrome metabólica para a COVID-19 está relacionada com o aumento do receptor para o vírus, assim como, o estado inflamatório constante que será agravado pela Sars-Cov 2. Os pacientes obesos apresentam queda da capacidade funcional e complacência do sistema respiratório, excursão diafragmática e hipoventilação que, associados ao quadro de infecção pulmonar grave, acentuam a condição de hipóxia já existente. O tecido adiposo contém todos os componentes de entrada e saída do vírus, como para um reservatório viral, portanto, ele irá acelerar e reforçar a inflamação vigorosa com uma resposta imune agressiva, gerando as complicações da COVID-19.","PeriodicalId":505312,"journal":{"name":"DELOS: DESARROLLO LOCAL SOSTENIBLE","volume":"51 38","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-05-17","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Suscetibilidade de pacientes com Síndrome Metabólica para COVID-19\",\"authors\":\"Lucca Oliveira Franklin de Almeida, Maria Lúcia D’arbo Alves\",\"doi\":\"10.55905/rdelosv17.n55-021\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A síndrome metabólica é diagnosticada a partir da presença de 3 dos 5 critérios estabelecidos pela OMS, sendo eles: gordura abdominal; triglicérides acima de 150 mg/dL; HDL menor que 40 mg/dL em homens e 50 mg/dL em mulheres; glicemia de jejum acima de 100 mg/dL, diabetes ou aumento da resistência à insulina; pressão sanguínea maior ou igual a 130/85 mmHg ou em tratamento anti-hipertensivo. Já a COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda grave, com o vírus adentrando as células do corpo humano a partir da ligação de sua proteína spike com a ECA 2, presente nas células epiteliais do pulmão, intestino delgado, vasos e adipócitos. Ambas as doenças desencadeiam o estado pró-trombótico de inflamação sistêmica e contínua. O objetivo deste resumo é trazer informações sobre a suscetibilidade de pacientes com síndrome metabólica para COVID-19. A metodologia utilizada foi um resumo com base nas plataformas PubMed e Scielo, sendo o critério a inclusão artigos em língua portuguesa e inglesa dos últimos 2 anos sobre a temática abordada. A pesquisa foi realizada a partir da combinação de termos que incluíam “síndrome metabólica”, “covid-19” e “obesidade”. O resultado para pacientes obesos que apresentam o aumento da expressão da ECA 2 será a possível expansão do vírus pelo seu corpo ocasionando um quadro grave de COVID-19. 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Suscetibilidade de pacientes com Síndrome Metabólica para COVID-19
A síndrome metabólica é diagnosticada a partir da presença de 3 dos 5 critérios estabelecidos pela OMS, sendo eles: gordura abdominal; triglicérides acima de 150 mg/dL; HDL menor que 40 mg/dL em homens e 50 mg/dL em mulheres; glicemia de jejum acima de 100 mg/dL, diabetes ou aumento da resistência à insulina; pressão sanguínea maior ou igual a 130/85 mmHg ou em tratamento anti-hipertensivo. Já a COVID-19 é uma síndrome respiratória aguda grave, com o vírus adentrando as células do corpo humano a partir da ligação de sua proteína spike com a ECA 2, presente nas células epiteliais do pulmão, intestino delgado, vasos e adipócitos. Ambas as doenças desencadeiam o estado pró-trombótico de inflamação sistêmica e contínua. O objetivo deste resumo é trazer informações sobre a suscetibilidade de pacientes com síndrome metabólica para COVID-19. A metodologia utilizada foi um resumo com base nas plataformas PubMed e Scielo, sendo o critério a inclusão artigos em língua portuguesa e inglesa dos últimos 2 anos sobre a temática abordada. A pesquisa foi realizada a partir da combinação de termos que incluíam “síndrome metabólica”, “covid-19” e “obesidade”. O resultado para pacientes obesos que apresentam o aumento da expressão da ECA 2 será a possível expansão do vírus pelo seu corpo ocasionando um quadro grave de COVID-19. Ademais, desencadeia o estado inflamatório constante gerado a partir da secreção de substâncias danosas por adipócitos, macrófagos, células endoteliais e fibroblastos, sendo as principais: adiponectina, IL-6, TNF-α, angiotensinogênio e PAI-1. A repercussão obtida é o aumento da resistência à insulina, processo inflamatório sistêmico contínuo com estado pró-trombótico e hipertensão. A suscetibilidade de pacientes com síndrome metabólica para a COVID-19 está relacionada com o aumento do receptor para o vírus, assim como, o estado inflamatório constante que será agravado pela Sars-Cov 2. Os pacientes obesos apresentam queda da capacidade funcional e complacência do sistema respiratório, excursão diafragmática e hipoventilação que, associados ao quadro de infecção pulmonar grave, acentuam a condição de hipóxia já existente. O tecido adiposo contém todos os componentes de entrada e saída do vírus, como para um reservatório viral, portanto, ele irá acelerar e reforçar a inflamação vigorosa com uma resposta imune agressiva, gerando as complicações da COVID-19.