{"title":"初等公共教育工作者的故事","authors":"Mauricéia Ananias, A. C. Pinheiro, I. Miranda","doi":"10.20396/rho.v24i00.8674125","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A narrativa conta a história das/dos trabalhadoras/es a partir das suas experiências cotidianas no “fazer-se” profissional da instrução pública primária no momento histórico em que viveram. Trata-se de saber quanto recebiam as/os professoras/es na Província da Parahyba do Norte e comparar com os valores de moradias, aluguéis e de pessoas escravizadas e outros montantes pagos às/ aos demais trabalhadores/as da época. O estudo tem início em 1858, com a lei nº 9 de 29 de outubro, que prescreveu os valores salariais dos docentes residentes na Capital e de outras localidades, e se estende até 1864 com a lei nº 178, de 30 de novembro, que elencou normativas para a instrução pública e particular, primária e secundária. O referencial teórico da história social tornou-se suporte para a análise das leis e regulamentos da instrução, dos relatórios de presidentes de Província, jornais e documentos diversos catalogados em arquivos nacionais e estaduais do Brasil. Utilizaram-se dois conjuntos de categorias para análise: como os preços das moradias e/ou aluguéis/compra/venda de imóveis; o custo de escravizados/as e salários pagos a outros/as trabalhadores/as. O intercruzamento dos preços com os salários e gratificações permitiu a aproximação dos valores de ordenados recebidos. Conclui-se que estes salários eram desatualizados, pois retrocederam ao regulamento de 1852 com a média, em 1864, de 400$000 rs. anuais e, portanto insuficientes para garantir a sobrevivência das/os professoras/es de primeiras letras da Província da Parahyba do Norte.","PeriodicalId":506587,"journal":{"name":"Revista HISTEDBR On-line","volume":" 16","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-04-19","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Distórias das/os trabalhadoras/es da instrução pública primária\",\"authors\":\"Mauricéia Ananias, A. C. Pinheiro, I. Miranda\",\"doi\":\"10.20396/rho.v24i00.8674125\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A narrativa conta a história das/dos trabalhadoras/es a partir das suas experiências cotidianas no “fazer-se” profissional da instrução pública primária no momento histórico em que viveram. Trata-se de saber quanto recebiam as/os professoras/es na Província da Parahyba do Norte e comparar com os valores de moradias, aluguéis e de pessoas escravizadas e outros montantes pagos às/ aos demais trabalhadores/as da época. O estudo tem início em 1858, com a lei nº 9 de 29 de outubro, que prescreveu os valores salariais dos docentes residentes na Capital e de outras localidades, e se estende até 1864 com a lei nº 178, de 30 de novembro, que elencou normativas para a instrução pública e particular, primária e secundária. O referencial teórico da história social tornou-se suporte para a análise das leis e regulamentos da instrução, dos relatórios de presidentes de Província, jornais e documentos diversos catalogados em arquivos nacionais e estaduais do Brasil. Utilizaram-se dois conjuntos de categorias para análise: como os preços das moradias e/ou aluguéis/compra/venda de imóveis; o custo de escravizados/as e salários pagos a outros/as trabalhadores/as. O intercruzamento dos preços com os salários e gratificações permitiu a aproximação dos valores de ordenados recebidos. Conclui-se que estes salários eram desatualizados, pois retrocederam ao regulamento de 1852 com a média, em 1864, de 400$000 rs. anuais e, portanto insuficientes para garantir a sobrevivência das/os professoras/es de primeiras letras da Província da Parahyba do Norte.\",\"PeriodicalId\":506587,\"journal\":{\"name\":\"Revista HISTEDBR On-line\",\"volume\":\" 16\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-04-19\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista HISTEDBR On-line\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.20396/rho.v24i00.8674125\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista HISTEDBR On-line","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.20396/rho.v24i00.8674125","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Distórias das/os trabalhadoras/es da instrução pública primária
A narrativa conta a história das/dos trabalhadoras/es a partir das suas experiências cotidianas no “fazer-se” profissional da instrução pública primária no momento histórico em que viveram. Trata-se de saber quanto recebiam as/os professoras/es na Província da Parahyba do Norte e comparar com os valores de moradias, aluguéis e de pessoas escravizadas e outros montantes pagos às/ aos demais trabalhadores/as da época. O estudo tem início em 1858, com a lei nº 9 de 29 de outubro, que prescreveu os valores salariais dos docentes residentes na Capital e de outras localidades, e se estende até 1864 com a lei nº 178, de 30 de novembro, que elencou normativas para a instrução pública e particular, primária e secundária. O referencial teórico da história social tornou-se suporte para a análise das leis e regulamentos da instrução, dos relatórios de presidentes de Província, jornais e documentos diversos catalogados em arquivos nacionais e estaduais do Brasil. Utilizaram-se dois conjuntos de categorias para análise: como os preços das moradias e/ou aluguéis/compra/venda de imóveis; o custo de escravizados/as e salários pagos a outros/as trabalhadores/as. O intercruzamento dos preços com os salários e gratificações permitiu a aproximação dos valores de ordenados recebidos. Conclui-se que estes salários eram desatualizados, pois retrocederam ao regulamento de 1852 com a média, em 1864, de 400$000 rs. anuais e, portanto insuficientes para garantir a sobrevivência das/os professoras/es de primeiras letras da Província da Parahyba do Norte.