{"title":"非殖民化与认识论","authors":"G. Mendes","doi":"10.34019/2359-4489.2023.v9.41339","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"O aparecimento de um novo espaço de fala advém a ser admissível ao grau em que a própria alocução colonial é posta em xeque, advindo a ser o centro da análise. Com isto, o giro decolonial se mostra, de fato, um movimento teórico, ético e político, a partir do momento em que discute os anseios da objetividade do conhecimento científico em saúde. Para tanto, pesquisadores e ativistas procuram por ações e meios de pensar que sejam intrínsecos às suas próprias culturas e que as avultem diante de uma ordem que, ao globalizar, acaba por emudecer àqueles que são enxergados como inclusos dentro de uma cultura “inferior” seja ela ideológica, econômica ou epistêmica. Tendo-se um olhar para educação em ciências e saúde, tem-se aqui a oportunidade de trazer à luz um debate sobre as diferentes maneiras de colonialidade (do ser, do saber e do poder) que ainda prosseguem dentro da sociedade contemporânea. A literatura ressalta a questão da contemporaneidade como um tipo de invenção do procedimento colonial e o quanto os valores cercados por este paradigma intervêm na maneira de enxergar e atuar no mundo, notadamente no campo da ciência e saúde. Portanto, este presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão da literatura acerca da influência das pedagogias decoloniais no campo da educação em ciências e saúde. Para tanto, esta revisão buscou avaliar de maneira crítica e resumir as questões relevantes disponíveis sobre o assunto investigado. Concluiu-se que a literatura, em grande parte, discute o universalismo etnocêntrico, o eurocentrismo teórico, o nacionalismo metodológico, o positivismo epistemológico e o neoliberalismo científico que se fazem presentes na base das ciências sociais. Com isto, torna-se cogente maiores questionamentos e pensamentos alternativos para a decolonização na ciência e na saúde, sobretudo dentro do campo do ensino.","PeriodicalId":148958,"journal":{"name":"Faces de Clio","volume":"105 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Decolonialidades e Epistemologia\",\"authors\":\"G. 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O aparecimento de um novo espaço de fala advém a ser admissível ao grau em que a própria alocução colonial é posta em xeque, advindo a ser o centro da análise. Com isto, o giro decolonial se mostra, de fato, um movimento teórico, ético e político, a partir do momento em que discute os anseios da objetividade do conhecimento científico em saúde. Para tanto, pesquisadores e ativistas procuram por ações e meios de pensar que sejam intrínsecos às suas próprias culturas e que as avultem diante de uma ordem que, ao globalizar, acaba por emudecer àqueles que são enxergados como inclusos dentro de uma cultura “inferior” seja ela ideológica, econômica ou epistêmica. Tendo-se um olhar para educação em ciências e saúde, tem-se aqui a oportunidade de trazer à luz um debate sobre as diferentes maneiras de colonialidade (do ser, do saber e do poder) que ainda prosseguem dentro da sociedade contemporânea. A literatura ressalta a questão da contemporaneidade como um tipo de invenção do procedimento colonial e o quanto os valores cercados por este paradigma intervêm na maneira de enxergar e atuar no mundo, notadamente no campo da ciência e saúde. Portanto, este presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão da literatura acerca da influência das pedagogias decoloniais no campo da educação em ciências e saúde. Para tanto, esta revisão buscou avaliar de maneira crítica e resumir as questões relevantes disponíveis sobre o assunto investigado. Concluiu-se que a literatura, em grande parte, discute o universalismo etnocêntrico, o eurocentrismo teórico, o nacionalismo metodológico, o positivismo epistemológico e o neoliberalismo científico que se fazem presentes na base das ciências sociais. Com isto, torna-se cogente maiores questionamentos e pensamentos alternativos para a decolonização na ciência e na saúde, sobretudo dentro do campo do ensino.