{"title":"沉默成为缝在皮肤上的动词:基于路易莎-罗芒的 \"sangria malencar(n)ada \"中的女性视觉对记忆和肉体的思考","authors":"Isaac GImenez","doi":"10.25094/rtp.2024n41a1063","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Pensamos que Sangria (2017), de Luiza Romão, merece maior atenção crítica, não só no plano literário mas também no performativo-visual. Através da representação visual do corpo violentado e do silenciamento feminino, Sangria denuncia o trauma histórico herdado e aponta a ruptura com a linguagem verbal como passo prévio à criação de novas genealogias histórico-culturais sob uma perspectiva de gênero. Assim, optamos por uma leitura expandida centrada em dois aspectos fundamentais da obra: o corpo como locus a partir do qual se trabalha o tensionamento da escrita, da reescrita e da sobrescrita, na página e na pele; e o nome próprio (Brasil, Pau-Brasil) como epítome do pensamento masculino, base da história nacional e, portanto, da memória coletiva. A nossa conversa crítica propõe um diálogo entre o livro-calendário de Luiza Romão, obras de artistas pioneiras no campo da performance e o modernismo brasileiro.","PeriodicalId":354917,"journal":{"name":"Texto Poético","volume":"384 2","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O silêncio faz-se verbo costurado na pele: reflexões sobre memória e corporalidade a partir do visual feminino na sangria malencar(n)ada de Luiza Romão\",\"authors\":\"Isaac GImenez\",\"doi\":\"10.25094/rtp.2024n41a1063\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Pensamos que Sangria (2017), de Luiza Romão, merece maior atenção crítica, não só no plano literário mas também no performativo-visual. Através da representação visual do corpo violentado e do silenciamento feminino, Sangria denuncia o trauma histórico herdado e aponta a ruptura com a linguagem verbal como passo prévio à criação de novas genealogias histórico-culturais sob uma perspectiva de gênero. Assim, optamos por uma leitura expandida centrada em dois aspectos fundamentais da obra: o corpo como locus a partir do qual se trabalha o tensionamento da escrita, da reescrita e da sobrescrita, na página e na pele; e o nome próprio (Brasil, Pau-Brasil) como epítome do pensamento masculino, base da história nacional e, portanto, da memória coletiva. A nossa conversa crítica propõe um diálogo entre o livro-calendário de Luiza Romão, obras de artistas pioneiras no campo da performance e o modernismo brasileiro.\",\"PeriodicalId\":354917,\"journal\":{\"name\":\"Texto Poético\",\"volume\":\"384 2\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-01-28\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Texto Poético\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.25094/rtp.2024n41a1063\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Texto Poético","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.25094/rtp.2024n41a1063","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O silêncio faz-se verbo costurado na pele: reflexões sobre memória e corporalidade a partir do visual feminino na sangria malencar(n)ada de Luiza Romão
Pensamos que Sangria (2017), de Luiza Romão, merece maior atenção crítica, não só no plano literário mas também no performativo-visual. Através da representação visual do corpo violentado e do silenciamento feminino, Sangria denuncia o trauma histórico herdado e aponta a ruptura com a linguagem verbal como passo prévio à criação de novas genealogias histórico-culturais sob uma perspectiva de gênero. Assim, optamos por uma leitura expandida centrada em dois aspectos fundamentais da obra: o corpo como locus a partir do qual se trabalha o tensionamento da escrita, da reescrita e da sobrescrita, na página e na pele; e o nome próprio (Brasil, Pau-Brasil) como epítome do pensamento masculino, base da história nacional e, portanto, da memória coletiva. A nossa conversa crítica propõe um diálogo entre o livro-calendário de Luiza Romão, obras de artistas pioneiras no campo da performance e o modernismo brasileiro.