Denise Isabel Rizzi, Lucas Benedito Gomes Rocha Ferreira, Sidnei Manoel Rodrigues, João Arthur de Souza
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PRÁTICAS ESG (ENVIRONMENTAL, SOCIAL, GOVERNANCE) E INOVAÇÃO: EVIDÊNCIAS ENTRE EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO
As organizações têm manifestado preocupações crescentes sobre o Investimento Socialmente Responsável, uma vez que ele não considera apenas o retorno financeiro, mas pondera as práticas Environmental, Social, Governance (ESG) que são criadas para estabelecer dimensões adicionais do desempenho corporativo, as quais não se limitam a dados financeiros. Essas práticas sustentáveis proporcionam, às empresas, maior competitividade no mercado e maior reconhecimento pelos acionistas, tornando-as diretamente ligadas ao poder inovativo que as organizações possuem. Além disso, a forma pela qual a empresa cuida e gerencia o ambiente natural em que está inserida determina essas práticas ESG, as quais são consideradas como um diferencial no processo de alavancagem no mercado. Desta forma, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito das práticas ESG na Inovação em um contexto de empresas brasileiras listadas na Brasil Bolsa Balcão (B3). Para tanto, realizou-se pesquisa descritiva, documental e com uma abordagem quantitativa, por meio da análise dos dados secundários extraídos da Refinitiv Eikon. A amostra da pesquisa correspondeu a 125 empresas listadas na B3 durante o período entre 2016 e 2020. Os resultados apontam uma relação significativa e positiva entre as variáveis ESG e a capacidade de inovação ambiental, como também uma relação positiva e significativa na probabilidade de as empresas apoiarem o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 9, Indústria, Infraestrutura e Inovação. Com isso foi possível identificar a necessidade de se propor políticas de apoio à adoção e incentivo das práticas ESG, para, assim, promover uma maior capacidade de inovação às empresas.