Ayane Layne de Sousa Oliveira, Viviane de Sousa Oliveira, José Armando Pessôa Neto, Luisa Rolim Miranda, F. E. D. L. Feitosa, Jordana Parente Paiva
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Análise da mortalidade fetal em uma maternidade terciária do estado do Ceará, Brasil
Objetivos: Identificar as principais causas de mortalidade fetal em uma maternidade terciária do estado do Ceará. Metodologia: Coorte retrospectivo descritivo com análise de prontuários no período de 17 de agosto a dezembro de 2018 na Maternidade Escola Assis Chateaubriand em Fortaleza-CE. Foi utilizada a plataforma Redcap para consolidação dos dados. Resultados: Foram avaliados um total de 48 casos, sendo identificadas 39,6% de causa materna, 33,3% de causa fetal, 12,5% dos óbitos como causa indeterminada, 10,4% devido alteração de líquido amniótico, 4,2% de causa placentária. O principal fator relacionado à causa materna foi doença hipertensiva, representando 73,7% dos casos; diabetes 10,5%; lupus, uso de drogas e outras causas representaram 5,3% cada. No presente estudo, foram identificados 58,7% de óbitos fetais tardios, quando existe boa vitalidade fetal. Logo, se os riscos tivessem sido detectados precocemente, a idade gestacional da resolução poderia ter sido melhor programada, evitando o desfecho negativo. Conclusão: Óbito fetal é um importante marcador de qualidade de serviço. Pré-natal de qualidade e assistência hospitalar adequada diminuiriam as taxas de óbitos evitáveis. Mesmo existindo profilaxia na gestação, as síndromes hipertensivas, por exemplo, ainda são uma importante causa de óbito fetal. A mortalidade fetal é um problema de saúde pública e pode estar relacionada a uma má assistência à saúde.