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escola desinteressada: poesia como um caminho libertador e transformador na escola pública
Este texto oferece uma reflexão nascida de uma experiência com literatura, poesia e também filosofia na escola, com turmas do ensino fundamental nos anos iniciais. A experiência foi iniciada em 2011 e deu origem a um projeto de pesquisa, ensino e extensão, hoje em curso em escolas públicas. O projeto tem como fundamentação teórico-metodológica pensamentos críticos à escola voltada para a formação compreendida como utilitarista. Concepção esta que segue dominante, a despeito das inúmeras mudanças na base curricular, ao longo do tempo. Não parece razoável que a preocupação que promove as mudanças na organização curricular tome por base aspectos como o baixo rendimento na aprendizagem refletido em reprovações e “fracassos” ou no próprio abandono e evasão precoce da escola, sem que se questione as razões inerentes à experiência escolar. Diante desse fato, a reflexão aponta para a defesa de uma escola que possa ser compreendida como desinteressada na perspectiva de Gramsci e recorre à literatura e poesia como dispositivos para impulsionar o fazer pedagógico transformador. O estudo da literatura sobre poesia, assim como os resultados obtidos pela experiência em questão, permitem pensar uma concepção de escola revolucionária no sentido gramsciano e libertadora como propugnava Paulo Freire. Nesse sentido, propõe conexões com a felicidade, que conjuga o propósito da escola desinteressada com a filosofia de Epicuro. Na pesquisa, a poesia é compreendida como um caminho para se contemplar a valorização do lúdico, que é um aspecto dos mais relevantes para a aprendizagem nas infâncias.