Larissa Soares de Mendonça, Gabriel Teles da Cruz Mendes, Dayanne Da Costa Maynard
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Visto que muitos têm problemas de saúde devido à má alimentação, surdos evitam ir ao nutricionista por não encontrar um profissional que tenha conhecimento de LIBRAS e com isso se sentem frustrados ao irem a uma consulta e só receberem suas dietas sem uma explicação de seus problemas de saúde. Dado a importância do tema, o objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos alimentares e propor atividades de educação alimentar e nutricional para a comunidade surda, além de mostrar a importância de profissionais nutricionistas que saibam a Língua Brasileira de Sinais. Foi realizado um estudo descritivo e de intervenção envolvendo adultos da comunidade surda do Distrito Federal. O projeto foi dividido em duas etapas, denominadas de etapa 1 – avaliação inicial com aplicação de um questionário, onde foram analisados e apresentados que 31,6% dos entrevistados possuem risco de sobrepeso, mediante a má alimentação e a carência de profissionais da saúde, 47,4% dos participantes deixaram de ir em uma consulta, sendo assim, muitos não obtêm conhecimentos sobre hábitos alimentares saudáveis e com isso 84,2% não chegaram a conhecer o Guia Alimentar para a População Brasileira. Já em relação à segunda etapa que correspondeu à intervenção, foram realizadas propostas de atividades para aumentar o conhecimento sobre alimentação saudável por meio de uma oficina culinária e construção de material educativo com acessibilidade em LIBRAS. Para garantir a acessibilidade e inclusão social da população surda, é essencial que as instituições de ensino superior na área da saúde incluam a matéria de LIBRAS em suas grades curriculares de forma obrigatória, capacitando futuros profissionais para atender a todos com dignidade. A busca nessa temática foi motivada pela necessidade de ampliar o entendimento sobre as intervenções de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas aos surdos no Brasil. A escassez de materiais e a importância de profissionais da saúde fluentes em LIBRAS foram enfatizadas, destacando a urgência de desenvolver novas perspectivas e métodos para sua aplicação. Com esforços combinados, é possível superar esses desafios e promover uma saúde mais equitativa e inclusiva para todos.","PeriodicalId":413672,"journal":{"name":"Programa de Iniciação Científica - PIC/UniCEUB - Relatórios de Pesquisa","volume":"12 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Nutrir-se na comunidade surda: educação alimentar e nutricional através da língua de sinais\",\"authors\":\"Larissa Soares de Mendonça, Gabriel Teles da Cruz Mendes, Dayanne Da Costa Maynard\",\"doi\":\"10.5102/pic.n0.2022.9587\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Os surdos enfrentam inúmeras barreiras para acessar diversos serviços de saúde, em especial os relacionados à alimentação, por serem uma minoria linguística com informações limitadas na língua de sinais. 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Nutrir-se na comunidade surda: educação alimentar e nutricional através da língua de sinais
Os surdos enfrentam inúmeras barreiras para acessar diversos serviços de saúde, em especial os relacionados à alimentação, por serem uma minoria linguística com informações limitadas na língua de sinais. Quando falamos em pessoas surdas, sabemos que elas sempre estiveram à margem da sociedade, sendo negligenciado por profissionais de saúde e pela própria sociedade. Por ter poucos profissionais que tenham conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), muitos surdos precisam sempre de um acompanhante para ir em consultas e nem sempre tem alguém disponível para acompanhá-los. Visto que muitos têm problemas de saúde devido à má alimentação, surdos evitam ir ao nutricionista por não encontrar um profissional que tenha conhecimento de LIBRAS e com isso se sentem frustrados ao irem a uma consulta e só receberem suas dietas sem uma explicação de seus problemas de saúde. Dado a importância do tema, o objetivo deste estudo foi avaliar os hábitos alimentares e propor atividades de educação alimentar e nutricional para a comunidade surda, além de mostrar a importância de profissionais nutricionistas que saibam a Língua Brasileira de Sinais. Foi realizado um estudo descritivo e de intervenção envolvendo adultos da comunidade surda do Distrito Federal. O projeto foi dividido em duas etapas, denominadas de etapa 1 – avaliação inicial com aplicação de um questionário, onde foram analisados e apresentados que 31,6% dos entrevistados possuem risco de sobrepeso, mediante a má alimentação e a carência de profissionais da saúde, 47,4% dos participantes deixaram de ir em uma consulta, sendo assim, muitos não obtêm conhecimentos sobre hábitos alimentares saudáveis e com isso 84,2% não chegaram a conhecer o Guia Alimentar para a População Brasileira. Já em relação à segunda etapa que correspondeu à intervenção, foram realizadas propostas de atividades para aumentar o conhecimento sobre alimentação saudável por meio de uma oficina culinária e construção de material educativo com acessibilidade em LIBRAS. Para garantir a acessibilidade e inclusão social da população surda, é essencial que as instituições de ensino superior na área da saúde incluam a matéria de LIBRAS em suas grades curriculares de forma obrigatória, capacitando futuros profissionais para atender a todos com dignidade. A busca nessa temática foi motivada pela necessidade de ampliar o entendimento sobre as intervenções de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) direcionadas aos surdos no Brasil. A escassez de materiais e a importância de profissionais da saúde fluentes em LIBRAS foram enfatizadas, destacando a urgência de desenvolver novas perspectivas e métodos para sua aplicação. Com esforços combinados, é possível superar esses desafios e promover uma saúde mais equitativa e inclusiva para todos.