André Fernandes dos Santos, E. M. Pimenta, Flávia Castello Branco Vidal, Emerson Silami Garcia, C. Cabido, Christiano Eduardo Veneroso, Mário Norberto Sevilio de Oliveira Junior
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Foram avaliados a massa corporal, a estatura e a idade, para caracterização da amostra. Analisaram-se amostras salivares por meio de PCR em tempo real, para determinação dos genótipos, e, para verificar a associação do genótipo ao status de atleta de voleibol nas três categorias (Equipes Nacionais, Seleção Nacional e Olímpica), foi feito o teste de Qui-quadrado de independência (2). Para obter a razão de chances do desfecho, foi realizada uma análise regressão log linear. Todos os testes foram realizados por meio do programa estatístico JAMOVI 2.4 (2023).Resultados: Entre as atletas da amostra que disputam a competição nacional, 91,8% apresentam o genótipo EX-α-actinina-3. Já quando consideramos as competições internacionais, 93,7% apresentou o genótipo EX-α-actinina-3. Em se tratando das atletas que atuam pela seleção brasileira nos jogos olímpicos, 100% da amostra apresentou o genótipo EX-α-actinina-3. Considerando que na população mundial a frequência é de 80%, é possível verificar que, à medida que se aproxima das atletas que participam da seleção feminina, há maior participação daquelas com genótipo EX-α-actinina-3. Além disso, houve associação entre os genótipos EX α-actinina-3 e a categoria nacional com o status de atleta de elite, onde (χ²) obteve o valor de p (0,023) e a razão da taxa (2,71) para o desfecho dos genótipos (EX α-actinina-3) serem atletas de elite. Conclusão: As características genéticas do atleta, o ambiente, a nutrição e a preparação física, técnica e tática são alguns dos fatores que contribuem para o desempenho esportivo. Entretanto, os resultados do presente estudo sugerem que os genótipos RR e RX que expressam α-actinina-3, presente nas fibras musculares do tipo II, parecem conferir uma vantagem a atletas de voleibol de alto rendimento.\n\n ","PeriodicalId":504687,"journal":{"name":"ConScientiae Saúde","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Frequência e distribuição do gene da α-actinina-3 e sua associação em atletas brasileiras de voleibol\",\"authors\":\"André Fernandes dos Santos, E. M. Pimenta, Flávia Castello Branco Vidal, Emerson Silami Garcia, C. 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Frequência e distribuição do gene da α-actinina-3 e sua associação em atletas brasileiras de voleibol
Introdução: O gene ACTN3 codifica a proteína α-actinina-3 nas linhas Z do sarcômero, que ancora a proteína actina no aparelho contrátil, presente exclusivamente nas fibras musculares do tipo II, apresentando maior capacidade glicolítica, que é essencial para esportes com ações de alta intensidade e curta duração, como é o caso do voleibol. Objetivo: Verificar a frequência e distribuição do gene ACTN3, genótipos RR e RX, que expressam α-actinina-3 (EX α-actinina-3), e genótipo XX, que não expressa α-actinina-3 (NE α-actinina-3), e sua relação com atletas brasileiras de voleibol. Materiais e Métodos: Fizeram parte do estudo noventa e sete (97) atletas da Superliga Feminina de Voleibol. Foram avaliados a massa corporal, a estatura e a idade, para caracterização da amostra. Analisaram-se amostras salivares por meio de PCR em tempo real, para determinação dos genótipos, e, para verificar a associação do genótipo ao status de atleta de voleibol nas três categorias (Equipes Nacionais, Seleção Nacional e Olímpica), foi feito o teste de Qui-quadrado de independência (2). Para obter a razão de chances do desfecho, foi realizada uma análise regressão log linear. Todos os testes foram realizados por meio do programa estatístico JAMOVI 2.4 (2023).Resultados: Entre as atletas da amostra que disputam a competição nacional, 91,8% apresentam o genótipo EX-α-actinina-3. Já quando consideramos as competições internacionais, 93,7% apresentou o genótipo EX-α-actinina-3. Em se tratando das atletas que atuam pela seleção brasileira nos jogos olímpicos, 100% da amostra apresentou o genótipo EX-α-actinina-3. Considerando que na população mundial a frequência é de 80%, é possível verificar que, à medida que se aproxima das atletas que participam da seleção feminina, há maior participação daquelas com genótipo EX-α-actinina-3. Além disso, houve associação entre os genótipos EX α-actinina-3 e a categoria nacional com o status de atleta de elite, onde (χ²) obteve o valor de p (0,023) e a razão da taxa (2,71) para o desfecho dos genótipos (EX α-actinina-3) serem atletas de elite. Conclusão: As características genéticas do atleta, o ambiente, a nutrição e a preparação física, técnica e tática são alguns dos fatores que contribuem para o desempenho esportivo. Entretanto, os resultados do presente estudo sugerem que os genótipos RR e RX que expressam α-actinina-3, presente nas fibras musculares do tipo II, parecem conferir uma vantagem a atletas de voleibol de alto rendimento.