{"title":"光与空间以及光的物质化","authors":"Nathália Moreira Carvalho, C. Duarte","doi":"10.24220/2318-0919v21e2024a5459","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Poucos são os estudos sobre as origens do conceito de “materialização da luz”, um tipo de proposta artística/arquitetônica, na qual espaço e luz se unem, afetando intimamente a percepção, a experiência e a participação do espectador em relação ao ambiente. Nesse sentido, este artigo busca contribuir não apenas percorrendo as ideias e práticas ligadas ao uso da luz como objeto de arte e/ou elemento arquitetural a partir da década de 1960, mas, principalmente, provocando uma reflexão a respeito da relação entre a luz materializada e o espaço, e entre estes e os sujeitos. O presente trabalho traz uma revisão bibliográfica baseada em Butterfield, Didi-Huberman, Merleau-Ponty e Robert Morris, revisitando as propostas do “Light and Space”, movimento iniciado na década de 1960 que buscava elevar a experiência em relação à materialidade da luz à sua máxima potência. Tal movimento representou não só uma resposta dada por importantes nomes da arte e da arquitetura, como Dan Flavin, James Turrell, Robert Irwin e Larry Bell aos ideais da época de justaposição de tecnologia, arte, percepçãosinestésica e experiência plena do sujeito, como também uma expansão do papel da percepção sensível do sujeito-percebedor, que deixa de ser algo externo surgido a partir da obra, para ser o próprio elemento compositivo do espaço artístico e arquitetônico.","PeriodicalId":509282,"journal":{"name":"Oculum Ensaios","volume":" 15","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-03-25","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Light and space e a materialização da luz\",\"authors\":\"Nathália Moreira Carvalho, C. Duarte\",\"doi\":\"10.24220/2318-0919v21e2024a5459\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Poucos são os estudos sobre as origens do conceito de “materialização da luz”, um tipo de proposta artística/arquitetônica, na qual espaço e luz se unem, afetando intimamente a percepção, a experiência e a participação do espectador em relação ao ambiente. Nesse sentido, este artigo busca contribuir não apenas percorrendo as ideias e práticas ligadas ao uso da luz como objeto de arte e/ou elemento arquitetural a partir da década de 1960, mas, principalmente, provocando uma reflexão a respeito da relação entre a luz materializada e o espaço, e entre estes e os sujeitos. O presente trabalho traz uma revisão bibliográfica baseada em Butterfield, Didi-Huberman, Merleau-Ponty e Robert Morris, revisitando as propostas do “Light and Space”, movimento iniciado na década de 1960 que buscava elevar a experiência em relação à materialidade da luz à sua máxima potência. Tal movimento representou não só uma resposta dada por importantes nomes da arte e da arquitetura, como Dan Flavin, James Turrell, Robert Irwin e Larry Bell aos ideais da época de justaposição de tecnologia, arte, percepçãosinestésica e experiência plena do sujeito, como também uma expansão do papel da percepção sensível do sujeito-percebedor, que deixa de ser algo externo surgido a partir da obra, para ser o próprio elemento compositivo do espaço artístico e arquitetônico.\",\"PeriodicalId\":509282,\"journal\":{\"name\":\"Oculum Ensaios\",\"volume\":\" 15\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-03-25\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Oculum Ensaios\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a5459\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Oculum Ensaios","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.24220/2318-0919v21e2024a5459","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Poucos são os estudos sobre as origens do conceito de “materialização da luz”, um tipo de proposta artística/arquitetônica, na qual espaço e luz se unem, afetando intimamente a percepção, a experiência e a participação do espectador em relação ao ambiente. Nesse sentido, este artigo busca contribuir não apenas percorrendo as ideias e práticas ligadas ao uso da luz como objeto de arte e/ou elemento arquitetural a partir da década de 1960, mas, principalmente, provocando uma reflexão a respeito da relação entre a luz materializada e o espaço, e entre estes e os sujeitos. O presente trabalho traz uma revisão bibliográfica baseada em Butterfield, Didi-Huberman, Merleau-Ponty e Robert Morris, revisitando as propostas do “Light and Space”, movimento iniciado na década de 1960 que buscava elevar a experiência em relação à materialidade da luz à sua máxima potência. Tal movimento representou não só uma resposta dada por importantes nomes da arte e da arquitetura, como Dan Flavin, James Turrell, Robert Irwin e Larry Bell aos ideais da época de justaposição de tecnologia, arte, percepçãosinestésica e experiência plena do sujeito, como também uma expansão do papel da percepção sensível do sujeito-percebedor, que deixa de ser algo externo surgido a partir da obra, para ser o próprio elemento compositivo do espaço artístico e arquitetônico.