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Espectros de la colonialidad-racialidad y los tiempos plurales de lo mismo
O artigo propõe uma discussão sobre a historiografia como prática de codificação de passados “outros”, de sincronização de sujeitos subalternos e temporalidades plurais, forjada como um dos arsenais de representação mobilizados nas lutas sociais por reconhecimento, justiça e reparação histórica. A despeito de suas variações contextuais, as demandas coletivas por inclusão e visibilidade despontam como desafios permanentes que evidenciam os efeitos excludentes e hierarquizantes das políticas de temporalização da história disciplinada, assinalando uma coexistência litigiosa no presente de “dívidas impagáveis” do passado. O argumento central que pretendo explorar é o de que, nesses casos, o espectro da colonialidade-racialidade mantém-se como vetor de hierarquização, subalternização e (des)sincronização temporal, na mesma medida em que embaralha a descontinuidade histórica ou qualquer distância temporal rigorosa entre o passado e o presente.