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Não pretendemos impor significados ou anacronicamente estabelecer sentidos aleatórios, mas refletir sobre como os contos presentes neste livro estabelecem uma ponte entre tempos[1], nos fazendo, através da compreensão do passado, entender o presente e desejar um futuro específico: que seja mais livre e pacífico. Para auxiliar a análise, utilizamos referencial teórico embasado em Araújo; Neto (2020), Castro-Gómez e Grosfoguel (2007), Chaves (2000), Fanon (2008), Gilroy (2001), Mbembe (2014), Medeiros (2012), Mudimbe (2013) e Ramos (2011). 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摘要
圣多美作家阿尔贝蒂诺-布拉干萨的《偏见和其他短篇小说》(Preconceito e outros contos)(2014年)一书,除了给读者带来独特的审美享受之外,还为读者提供了对所描述的文化历史的体验,使他们能够通过现在的作品探访殖民地的过去,并与书中的人物一起瞥见一个更加公平和幸福的未来。因此,本研究旨在对上述作品进行研究,突出那些像门一样的段落,当跨越(阅读)这些段落时,可以将我们带入圣多美和普林西比历史中溢出的最深层的情感。我们无意强加意义或不合时宜地随意建立意义,而是要思考书中的短篇小说如何在时代之间架起一座桥梁[1],让我们通过了解过去,理解现在,并希望有一个特定的未来:一个更自由、更和平的未来。为了帮助我们分析这本书,我们参考了阿劳霍、内托(2020 年)、卡斯特罗-戈麦斯和格罗斯福格尔(2007 年)、查维斯(2000 年)、法农(2008 年)、吉尔洛伊(2001 年)、姆贝姆贝(2014 年)、梅德罗斯(2012 年)、穆迪姆贝(2013 年)和拉莫斯(2011 年)的理论。我们相信,随着阅读的深入,与民族殖民化进程的比较是自然而然的,或许也是我们更批判性地思考巴西时间线的契机,尽管我们希望这一推论不会分散我们的注意力,在这一核心行动中,我们将以适当的关注和意愿,探访圣多美民族的现实。 [1] 这一说法最早由作家伊诺森西亚-马塔(Inocência Mata)提出,她负责为本书(2014 年)作序。
Preconceito e outros contos, de Albertino Bragança: uma ponte entre tempos
O livro Preconceito e outros contos (2014), do escritor são-tomense Albertino Bragança, oferece ao leitor -além de uma fruição estética singular- uma experiência com a história da cultura descrita, permitindo que este consiga, através da obra presente, visitar o passado colonial e vislumbrar, junto com os personagens, um futuro mais justo e feliz. Por esta razão, esta pesquisa objetiva realizar um estudo da obra supracitada, sublinhando trechos que são como portas que, quando atravessadas (lidas), podem nos levar ao encontro dos mais profundos sentimentos que transbordam da história de São Tomé e Príncipe. Não pretendemos impor significados ou anacronicamente estabelecer sentidos aleatórios, mas refletir sobre como os contos presentes neste livro estabelecem uma ponte entre tempos[1], nos fazendo, através da compreensão do passado, entender o presente e desejar um futuro específico: que seja mais livre e pacífico. Para auxiliar a análise, utilizamos referencial teórico embasado em Araújo; Neto (2020), Castro-Gómez e Grosfoguel (2007), Chaves (2000), Fanon (2008), Gilroy (2001), Mbembe (2014), Medeiros (2012), Mudimbe (2013) e Ramos (2011). Acreditamos que, ao longo da leitura, a comparação com o processo de colonização nacional seja natural e, talvez, oportuna para pensarmos a linha do tempo brasileira com mais criticidade, embora esperemos que essa inferência não nos distraia do ato central no qual, devidamente atentos e dispostos, visitaremos a realidade da nação são-tomense.
[1] Afirmação feita primeiramente pela escritora Inocência Mata, responsável pelo prefácio da Obra (2014)