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A invenção do Brasil negro: intelectuais negros e sua produção cultural no pós-abolição
Este artigo analisa uma peça de teatro de revista produzida e encenada em 1926 como instrumento para a discussão sobre a presença e a produção intelectual negra no campo cultural do pós-abolição. Em um contexto político no qual se discutiam intensamente as relações entre raça e nação no Brasil, o maestro Duque Bicalho e o jornalista José Eutrópio – a partir de diferentes perspectivas e com distintas intenções – tomaram uma noção (imprecisa, fluida e elástica) de cultura negra como marca da identidade nacional e da brasilidade. Assim, eles buscaram nas manifestações culturais de origem negra – e, em alguns casos, africanas – as originalidades nacionais brasileiras. O artigo, neste sentido, estuda as estratégias adotadas por dois intelectuais negros que se voltaram para a discussão do lugar da cultura negra na construção da nação no Brasil e, por consequência, do debate em torno do acesso das gentes negras aos direitos políticos e ao status de cidadania no pós-abolição.