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O Brasil possui potencial geológico e tecnológico para produção de bens minerais críticos, entre os quais o níquel que possui inúmeras aplicações em produtos de elevado conteúdo tecnológico, e para o qual se espera uma demanda crescente em futuro próximo. Assim, é de grande importância examinar sua contribuição, para o GWP-100 (Potencial de aquecimento global com um horizonte de 100 anos), ao longo dos processos de produção deste metal, o que pode ser avaliado pela sua Pegada de Carbono. Presentemente, o Brasil produz concentrados de minério de níquel e ligas ferro-níquel. O trabalho teve como objetivo, com base na Especificação Técnica ABNT ISO/TS 14067, calcular a Pegada de Carbono associada à produção de 1t de níquel contido em produtos primários desse metal produzido no Brasil. A Pegada de Carbono total do níquel produzido no país foi estimada em 28,2 mil kg de CO2eq. As emissões para GWP100-fóssil foram contabilizadas como 27,1 mil kg de CO2eq/t de Ni contido. Destas, cerca de 11,7 mil kg de CO2eq podem ser atribuídas à etapa de pirometalurgia. A contribuição para o GWP100-biogênico foi estimada em 5,54 mil kg de CO2eq/t de Ni contido, enquanto aquela associada às mudanças no uso do solo contabilizou 590 kg de CO2eq. Estimou-se ainda uma remoção pelo sistema de 5,01 mil kg de CO2eq/t de Ni contido. A eventual substituição de fontes de geração de energia elétrica, que alimenta o sistema, pode acarretar uma redução de até 23,4% na Pegada de Carbono do metal.