Táhcita Medrado Mizael, Marina Souto Lopes Bezerra de Castro
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Opressão racial e de gênero: Uma interpretação analítico-comportamental a partir do pensamento de Patrícia Hill Collins
A luta contra a opressão parece ser central no feminismo negro. Entretanto, a literatura feminista (negra) raramente define explicitamente este termo. O objetivo deste trabalho foi propor uma interpretação analítico-comportamental da opressão, utilizando como base a opressão racial e de gênero experienciada por mulheres negras. Três capítulos do livro. “Pensamento Feminista Negro” foram selecionados. Foram analisados os possíveis antecedentes, respostas e consequências da opressão, e como essas mulheres respondem à opressão. Com relação a quem realiza a opressão, pessoas brancas (opressão racial) e pessoas do gênero masculino (opressão de gênero) oprimem diante da percepção de marcadores sociais de raça e gênero, com diferentes topografias de opressão (e.g., negar direitos, subjugar) que levam a benefícios para o grupo branco e prejuízos para o grupo negro. Mulheres negras respondem a opressão com, por exemplo, o pensamento feminista negro e a autodefinição, i.e., criação de suas próprias imagens. Os comportamentos de opressão só são possíveis pois há assimetria de poder entre os grupos, sendo identificados a supremacia branca e superioridade masculina como antecedentes históricos. Finalmente, propomos opressão como responder diferencial que tem como contexto antecedente histórico a disparidade de poder entre grupos e imediato a percepção de marcadores sociais (e.g., raça, classe, gênero) que tem como consequências a produção de benefícios para quem oprime (reforçadores relacionados a poder) e de prejuízos para quem é oprimido.