{"title":"扩展意向性概念","authors":"Scheila Cristiane Thomé","doi":"10.51359/2357-9986.2023.259047","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Discutirei neste artigo o que conduziu Husserl a ampliar o seu primeiro modelo de intencionalidade, o modelo apreensão-conteúdo de apreensão (modelo da intencionalidade de ato), exposto inicialmente em Investigações lógicas. Procurarei mostrar que o conceito de intencionalidade de fluxo (Stromintentionalität) amplia o próprio conceito de intencionalidade, incialmente compreendido apenas como intencionalidade de ato. Mostrarei também que esta ampliação do conceito de intencionalidade implica em uma mudança de descrição fenomenológica da consciência, de uma análise estática à uma análise genética da consciência. Com isso, procurarei trazer uma contribuição à discussão feita por intérpretes de Husserl quanto ao abandono do modelo de constituição apreensão-conteúdo de apreensão. A posição que defendo é que Husserl abandona tal modelo intencional apenas para descrever as camadas mais profundas da constituição intencional, mas ainda utiliza tal modelo de intencionalidade de ato para descrever as camadas superficiais da constituição intencional (operadas por atos como recordação e expectativa). ","PeriodicalId":262325,"journal":{"name":"Perspectiva Filosófica","volume":"34 ","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-02-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A ampliação do conceito de intencionalidade\",\"authors\":\"Scheila Cristiane Thomé\",\"doi\":\"10.51359/2357-9986.2023.259047\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Discutirei neste artigo o que conduziu Husserl a ampliar o seu primeiro modelo de intencionalidade, o modelo apreensão-conteúdo de apreensão (modelo da intencionalidade de ato), exposto inicialmente em Investigações lógicas. Procurarei mostrar que o conceito de intencionalidade de fluxo (Stromintentionalität) amplia o próprio conceito de intencionalidade, incialmente compreendido apenas como intencionalidade de ato. Mostrarei também que esta ampliação do conceito de intencionalidade implica em uma mudança de descrição fenomenológica da consciência, de uma análise estática à uma análise genética da consciência. Com isso, procurarei trazer uma contribuição à discussão feita por intérpretes de Husserl quanto ao abandono do modelo de constituição apreensão-conteúdo de apreensão. A posição que defendo é que Husserl abandona tal modelo intencional apenas para descrever as camadas mais profundas da constituição intencional, mas ainda utiliza tal modelo de intencionalidade de ato para descrever as camadas superficiais da constituição intencional (operadas por atos como recordação e expectativa). \",\"PeriodicalId\":262325,\"journal\":{\"name\":\"Perspectiva Filosófica\",\"volume\":\"34 \",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-02-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Perspectiva Filosófica\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259047\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Perspectiva Filosófica","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.259047","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Discutirei neste artigo o que conduziu Husserl a ampliar o seu primeiro modelo de intencionalidade, o modelo apreensão-conteúdo de apreensão (modelo da intencionalidade de ato), exposto inicialmente em Investigações lógicas. Procurarei mostrar que o conceito de intencionalidade de fluxo (Stromintentionalität) amplia o próprio conceito de intencionalidade, incialmente compreendido apenas como intencionalidade de ato. Mostrarei também que esta ampliação do conceito de intencionalidade implica em uma mudança de descrição fenomenológica da consciência, de uma análise estática à uma análise genética da consciência. Com isso, procurarei trazer uma contribuição à discussão feita por intérpretes de Husserl quanto ao abandono do modelo de constituição apreensão-conteúdo de apreensão. A posição que defendo é que Husserl abandona tal modelo intencional apenas para descrever as camadas mais profundas da constituição intencional, mas ainda utiliza tal modelo de intencionalidade de ato para descrever as camadas superficiais da constituição intencional (operadas por atos como recordação e expectativa).