Daniela Castagna, Adilson Pacheco de Souza, L. G. Vendrusculo, C. A. Zolin, Carla Cristina Rodrigues Santos
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Essa metodologia classifica as áreas em cinco ordens de risco; muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto, que correspondem a perda de 10, 30, 50, 70 e 90% de cobertura em 20 anos, respectivamente, sendo possível comparar o desmatamento estimado e o medido. Em 2019, os municípios de Mato Grosso tinham a maior cobertura vegetal natural, 8.443.799,21 ha, com 30,01% na classe de risco muito baixo de desmatamento, influenciado pela presença de áreas protegidas. Os municípios de Mato Grosso do Sul, tinham 3.376.271,62 ha (40,36% com risco médio de desmatamento). Nesses dois estados as diferenças entre o desmatamento estimado e medido (por imagens orbitais) foi superestimado, com 14.769,96 e 65.892,49 ha, respectivamente. 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Risco de desmatamento em áreas de Cerrado brasileiro
O desmatamento é a retirada parcial ou total da cobertura vegetal natural e sua causa está associada a fatores físicos, sociais e econômicos. Este trabalho tem por objetivo determinar o risco de desmatamento para áreas de cobertura vegetal natural do bioma Cerrado, para 101 municípios distribuídos nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás, em 2019. Foi utilizada a metodologia ACEU, que considera o risco de desmatamento a partir dos fatores acessibilidade, cultivabilidade, recursos extraíveis e áreas protegidas. Essa metodologia classifica as áreas em cinco ordens de risco; muito baixo, baixo, médio, alto e muito alto, que correspondem a perda de 10, 30, 50, 70 e 90% de cobertura em 20 anos, respectivamente, sendo possível comparar o desmatamento estimado e o medido. Em 2019, os municípios de Mato Grosso tinham a maior cobertura vegetal natural, 8.443.799,21 ha, com 30,01% na classe de risco muito baixo de desmatamento, influenciado pela presença de áreas protegidas. Os municípios de Mato Grosso do Sul, tinham 3.376.271,62 ha (40,36% com risco médio de desmatamento). Nesses dois estados as diferenças entre o desmatamento estimado e medido (por imagens orbitais) foi superestimado, com 14.769,96 e 65.892,49 ha, respectivamente. Os municípios mineiros tinham 2.639.221,74 de cobertura vegetal com cerca de 27,01% com risco médio de desmatamento e os municípios de Goiás tinham a menor cobertura, com 2.410.893,09 ha, cerca de 28,19% com risco muito baixo de desmatamento, em ambos os casos o desmatamento estimado foi menor que o medido, foi subestimado, com diferença de 39.673,41 e 3.985,99 ha, respectivamente. Identificar o risco de desmatamento é pensar na possibilidade de planejar medidas que mitiguem a perda vegetal natural.