Arthur Vinicios Araújo De Souza, Mateus Rodrigues Linhares, Philipe de Pina Araújo, Leonardo Ferreira Pucci, Gabriel Dimas Rodrigues Figueiredo, Aline Fernandes Vieira, Hilal Basel Jalal, Kaio Alexandre da Silva Carvalho, Natalia Quaresma De Souza, Bárbara Freitas De Brito, Thiago Ferreira Mamede, Brandon Andrade De Moreira, Ana Luysa Rosa De Sá, Rodrigo Góes de Oliveira Galvão, Natália Lopes de Siqueira Campos, Alexandra Cau Ferreira, Leonardo Scandolara Júnior, Renato Magalhães Iqueda, Kethleen Sunamita Dias Oliveira, Artur Afonso Rosa
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Vários fatores contribuíram para a crescente popularidade dos cigarros eletrônicos, variando desde a percepção de menor risco até mesmo o aspecto social e cultural. Porém muitos se esqueceram que o fator risco conhecido como tabagismo é uma das causas para doenças cardiovasculares e pulmonares. Os cigarros eletrónicos são utilizados por milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente pelos mais jovens. Em 2021, 48% dos canadenses com idade entre 20 e 24 anos e 29% daqueles com idade entre 15 e 19 anos relataram já ter usado cigarros eletrônicos, enquanto apenas 13% dos adultos com 25 anos ou mais relataram ter feito isso. Nos Estados Unidos em 2019 o surto de lesões pulmonares associadas ao uso de cigarros eletrônicos ou produtos de vaporização levou a mais de 2.800 hospitalizações, onde destacou os riscos dos cigarros eletrônicos e dos produtos de vaporização. No momento, todos os cigarros eletrônicos são regulamentados como produtos de tabaco, o que significa que não estão sujeitos a estudos de segurança pré-comercialização em animais e humanos, como exigido para medicamentos ou dispositivos médicos. Essa classificação implica que os cigarros eletrônicos estão sujeitos a regulamentações específicas relacionadas ao tabaco, e não necessariamente aos rigorosos processos de aprovação de outros produtos destinados à saúde. A lesão pulmonar aguda relacionada ao uso de cigarro eletrônico ou vaping (EVALI) descrita pela primeira vez em 2019, é um espectro de padrões radiográficos e histológicos consistentes com lesão pulmonar aguda a subaguda, sendo uma consequência grave da vaporização. É oportuno, portanto, rever as implicações a curto prazo e especialmente a longo prazo dos cigarros eletrónicos e dos produtos de vaporização na saúde cardiopulmonar. Realizou-se uma revisão sistemática de literatura por meio da plataforma pubmed, com seleção e análise criteriosa dos artigos, a fim de elucidar o EVALI e as consequências mediantes o uso do E-cigarro. Nesta revisão foi identificado que existem limitações na literatura mundial sobre o devido tema, por poucas evidências que apoiem intervenções eficazes para a cessação do vaping e por estar afetando globalmente os adultos jovens e jovens. Notou-se que o EVALI é um diagnóstico de exclusão e, por isso, leva vários dias para que outras etiologias sejam descartadas. Foi observado na análise da literatura que as evidências moleculares e clínicas iniciais sugerem vários efeitos fisiológicos agudos dos sistemas eletrônicos de distribuição de nicotina, particularmente aqueles que contêm nicotina. Os recentes estudos demonstram que além de causarem o EVALI, o sistema eletrônico de entrega de nicotina (ENDS) prejudica a dilatação mediada pelo endotélio na periferia, sugerindo uma biodisponibilidade reduzida de óxido nítrico. Evidências emergentes sugerem que os solventes de nicotina propilenoglicol e glicerol têm efeitos cardiopulmonares, onde sistemicamente podem levar à acidose metabólica, lesão renal aguda e síndrome semelhante à sepse. E pra soma com a grande mistura de componentes, os aditivos aromatizantes possuem toxicidades diferentes, mas são provavelmente uma fonte importante de toxicidade cardiopulmonar induzida por ENDS. Adoçantes como glicose e sacarose são comumente usados em e-líquidos e contribuem para a formação de aldeídos reativos. 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