{"title":"Sérgio Sant'Anna 所著《Augusta》和《Um conto límpido e obscuro》中的合著读者","authors":"Karla Nunes de Souza, José Elias Pinheiro Neto","doi":"10.5007/2175-7917.2024.e92534","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Apresenta-se uma leitura dos contos “Augusta” e “Um conto límpido e obscuro”, do livro Anjo noturno (2017), a partir da função de coautoria assumida pelo leitor na escrita metaficcional. O objetivo é compreender que o leitor, quando provocado, contribui para o abandono da ideia de que o texto é único, uma vez que este exige um posicionamento dele em relação a sua participação ativa na elaboração de sentido da narrativa. Marcada por inovações visíveis, tanto nas experimentações formais quanto nas temáticas, as obras de caráter metaficcional causam no leitor um estranhamento, abalando suas expectativas e solicitando-lhe comportamentos interpretativos de natureza crítica, mais do que um consumo meramente ingênuo e passivo dos textos. É visível, na narrativa de cunho metaficcional, que o leitor tire suas próprias conclusões. Nos contos, Sérgio Sant’Anna aponta elementos que exigem a contrapartida do leitor como coautor e, ao mesmo tempo, crítico da/na construção dos sentidos do enredo. Para tanto, o estudo bibliográfico vale-se das reflexões de Hans Robert Jauss (1979) e Wolfgang Iser (1996), para a análise, apresenta-se as autoras Linda Hutcheon (1984) e Patrícia Waugh (1985) como principais embasamentos teóricos.","PeriodicalId":165793,"journal":{"name":"Anuário de Literatura","volume":"83 9","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-26","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"The co-author reader in \\\"Augusta\\\" and \\\"Um conto límpido e obscuro\\\", by Sérgio Sant'Anna\",\"authors\":\"Karla Nunes de Souza, José Elias Pinheiro Neto\",\"doi\":\"10.5007/2175-7917.2024.e92534\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Apresenta-se uma leitura dos contos “Augusta” e “Um conto límpido e obscuro”, do livro Anjo noturno (2017), a partir da função de coautoria assumida pelo leitor na escrita metaficcional. O objetivo é compreender que o leitor, quando provocado, contribui para o abandono da ideia de que o texto é único, uma vez que este exige um posicionamento dele em relação a sua participação ativa na elaboração de sentido da narrativa. Marcada por inovações visíveis, tanto nas experimentações formais quanto nas temáticas, as obras de caráter metaficcional causam no leitor um estranhamento, abalando suas expectativas e solicitando-lhe comportamentos interpretativos de natureza crítica, mais do que um consumo meramente ingênuo e passivo dos textos. É visível, na narrativa de cunho metaficcional, que o leitor tire suas próprias conclusões. Nos contos, Sérgio Sant’Anna aponta elementos que exigem a contrapartida do leitor como coautor e, ao mesmo tempo, crítico da/na construção dos sentidos do enredo. Para tanto, o estudo bibliográfico vale-se das reflexões de Hans Robert Jauss (1979) e Wolfgang Iser (1996), para a análise, apresenta-se as autoras Linda Hutcheon (1984) e Patrícia Waugh (1985) como principais embasamentos teóricos.\",\"PeriodicalId\":165793,\"journal\":{\"name\":\"Anuário de Literatura\",\"volume\":\"83 9\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-01-26\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Anuário de Literatura\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2024.e92534\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Anuário de Literatura","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5007/2175-7917.2024.e92534","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
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摘要
我们基于读者在元虚构写作中所扮演的共同作者角色,对《Anjo noturno》(2017年)一书中的短篇小说《Augusta》和《Um conto límpido e obscuro》进行了解读。其目的是要了解,读者在受到启发时,会帮助放弃文本是独一无二的想法,因为文本要求读者在积极参与叙事意义的阐述方面有自己的立场。无论是在形式上还是在主题上,元虚构作品都以明显的创新为标志,让读者感到陌生,动摇他们的预期,要求他们做出批判性的解释行为,而不仅仅是天真和被动地阅读文本。在元小说叙事中,读者需要自己得出结论。塞尔吉奥-桑塔纳在他的短篇小说中指出了一些要素,这些要素要求读者成为共同作者,同时在构建情节意义的过程中成为评论家。为此,书目研究借鉴了汉斯-罗伯特-豪斯(Hans Robert Jauss,1979 年)和沃尔夫冈-伊瑟尔(Wolfgang Iser,1996 年)的思考,并将作者琳达-胡琴(Linda Hutcheon,1984 年)和帕特里西亚-沃(Patrícia Waugh,1985 年)作为主要理论基础进行分析。
The co-author reader in "Augusta" and "Um conto límpido e obscuro", by Sérgio Sant'Anna
Apresenta-se uma leitura dos contos “Augusta” e “Um conto límpido e obscuro”, do livro Anjo noturno (2017), a partir da função de coautoria assumida pelo leitor na escrita metaficcional. O objetivo é compreender que o leitor, quando provocado, contribui para o abandono da ideia de que o texto é único, uma vez que este exige um posicionamento dele em relação a sua participação ativa na elaboração de sentido da narrativa. Marcada por inovações visíveis, tanto nas experimentações formais quanto nas temáticas, as obras de caráter metaficcional causam no leitor um estranhamento, abalando suas expectativas e solicitando-lhe comportamentos interpretativos de natureza crítica, mais do que um consumo meramente ingênuo e passivo dos textos. É visível, na narrativa de cunho metaficcional, que o leitor tire suas próprias conclusões. Nos contos, Sérgio Sant’Anna aponta elementos que exigem a contrapartida do leitor como coautor e, ao mesmo tempo, crítico da/na construção dos sentidos do enredo. Para tanto, o estudo bibliográfico vale-se das reflexões de Hans Robert Jauss (1979) e Wolfgang Iser (1996), para a análise, apresenta-se as autoras Linda Hutcheon (1984) e Patrícia Waugh (1985) como principais embasamentos teóricos.