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As imagens de arquivo como gesto fílmico de Eduardo Coutinho
Este artigo se dedica a analisar a presença e o comportamento das imagens de arquivo no filme Peões (2004), de Eduardo Coutinho. Partimos do pressuposto de que mesmo não sendo o elemento fílmico central pelo qual o diretor ganhou notoriedade, as imagens de arquivo não estão presentes na obra de forma arbitrária, mas pulsam em cada sequência em que aparecem, demonstrando-se parte do modus operandi do diretor consagrado pelos encontros e conversas que estabelecia com pessoas publicamente desconhecidas. Nosso objetivo é desvendar quais os métodos e procedimentos utilizados especificamente em Peões que sugerem as formas com que o filme buscou aproximar cinema e história a partir do testemunho e da experiência dos anônimos envolvidos nas grandes greves operárias do ABC paulista entre 1979 e 1980. Para isso, analisamos as cenas das quais os arquivos fazem parte, dando atenção particular à sua materialidade e constituição narrativa como rastro da experiência particular e coletiva, terminando por entender os próprios arquivos como gestos fílmicos fundamentalmente coutinianos, que longe de significarem somente um capítulo em sua trajetória, demonstram serem uma escolha estética e ética do diretor, que constrói sentidos singulares de memória.