Entre mitos e verdades: A representação da masculinidade dos homens acadêmicos da Universidade Federal Fluminense e sua implicação para o campo da saúde

A masculinidade se apresenta de diferentes formas dentro da conjuntura social e cultural desses homens acadêmicos. Um dos principais reflexos dos padrões tradicionais de masculinidade no comportamento dos homens acadêmicos ocorre no campo da saúde, onde estudos sobre o tema apontam que, em geral, os homens não adotam medidas de promoção da saúde e prevenção de doenças, bem como não buscam ajuda quando ficam doentes. Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de natureza qualitativa que teve como referencial metodológico a hermenêutica-dialética. Os participantes da pesquisa foram quinze acadêmicos do gênero masculino, de diferentes cursos de graduação da Universidade Federal Fluminense. Utilizou-se o questionário de dados sociodemográficos e um instrumento de entrevista semiestruturada. Dos resultados foram formuladas uma categoria: Ser e tornar-se homem na sociedade brasileira: Aprendendo masculinidades com homens acadêmicos da Universidade Federal Fluminense. Os depoimentos mostraram a importância de conhecer a representação que cada indivíduo possui acerca de sua masculinidade, para que melhor se compreenda o homem e suas expectativas. Conclui-se que o reduzido envolvimento dos acadêmicos com os cuidados em saúde decorre em função dos modelos de masculinidade que é estabelecida ao longo da vida do homem e assume uma forma, respeitando as diferenças entre os homens, ainda que, de uma mesma geração plural, etnia e classe social.