S. S. da Silva, João Maciel de Araújo, Rita Clara Vieira da Silva
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Pode-se então, entender que a expansão do agronegócio na região reflete aspectos da reterritorialização do capitalismo agrário, na atualidade, da sua rearticulação na Amazônia Sul-ocidental. Neste processo, o que ocorre na região de estudo reflete a recolocação espacial de agentes da fronteira provindos desde o Mato Grosso, passando por Rondônia Acre e sul do estado do Amazonas, onde o agronegócio de grãos se expande por terras que antes estavam ocupadas por atividades como a pecuária bovina e agricultura familiar. Por consequência desta perda de espaço para estas atividades, esses criadores de gado e agricultores familiares passaram a procurar outras áreas, sobretudo, mais distantes e/ou florestais que oferecem grandes possibilidades de serem incorporadas ao espaço produtivo, mesmo que necessite de desmatamento para a prática de atividades agropecuárias e agricultura de subsistência. 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NOVAS TERRITORIALIZAÇÕES DA FRONTEIRA ECONÔMICA AMAZÔNICA: O EIXO DA TRANSAMAZÔNICA DE LÁBREA A APUÍ – O AGRONEGÓCIO, CONFLITOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Este artigo traz um estudo sobre as novas feições territoriais da fronteira econômica da Amazônia Sul-ocidental, tendo como base a questão da expansão do agronegócio de grãos e seus impactos sobre outras formas de produção existentes, tal como sobre a floresta. Teve-se como recorte espacial o eixo da Rodovia Transamazônica entre as cidades de Lábrea e Apuí, no estado do Amazonas. Para isto desenvolveu-se estudos baseados em referenciais bibliográficas, relatórios técnicos, informações jornalísticas sobre a região e, uma atividade de campo, na região referida, com observações sistemáticas in loco. Pode-se então, entender que a expansão do agronegócio na região reflete aspectos da reterritorialização do capitalismo agrário, na atualidade, da sua rearticulação na Amazônia Sul-ocidental. Neste processo, o que ocorre na região de estudo reflete a recolocação espacial de agentes da fronteira provindos desde o Mato Grosso, passando por Rondônia Acre e sul do estado do Amazonas, onde o agronegócio de grãos se expande por terras que antes estavam ocupadas por atividades como a pecuária bovina e agricultura familiar. Por consequência desta perda de espaço para estas atividades, esses criadores de gado e agricultores familiares passaram a procurar outras áreas, sobretudo, mais distantes e/ou florestais que oferecem grandes possibilidades de serem incorporadas ao espaço produtivo, mesmo que necessite de desmatamento para a prática de atividades agropecuárias e agricultura de subsistência. Em tudo isto, viu-se ocorrer grandes expressões dos impactos ambientais, sociais e econômicos, junto ao aumento de indícios de conflitos sociais, no conjunto desta nova territorialização do capitalismo agrário na região.