{"title":"血染的大地:泛亚马其顿共和国农村、水乡和森林民族的大屠杀","authors":"Alyson Fernando Alves Ribeiro","doi":"10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.40.56","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"A barbárie como manifestação da violência aparece como estrutura sistêmica do capitalismo e é um presente vivo, enganando-se quem acredita que é passado. Este texto faz uma reflexão sobre a violência no seio da reprodução do capital, tendo como base o Relatório de Assassinatos na Pan-Amazônia, publicado pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT). As terras dos povos do campo, das águas e das florestas vivenciam invasões, cuja resistência é repelida brutalmente sob a forma de assassinatos na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, praticados pelos grileiros, fazendeiros, garimpeiros, militares, narcotraficantes e pela força policial (braço armado do Estado). Esse cenário é representativo da acumulação primitiva em curso na Pan-Amazônia, que busca a transformação de tudo em mercadoria através da capacidade produtiva do capital e sua dinâmica do mais-valor. Na Amazônia brasileira, o campesinato encontra seu extremo: o latifúndio grilado e improdutivo que, pelo arrepio da violência armada, disputa a(s) riqueza(s) diversa(s) e adversa(s) da (na) terra.","PeriodicalId":364854,"journal":{"name":"REVISTA GEONORTE","volume":"38 43","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2024-01-09","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"TERRA SANGRADA: MASSACRES DOS POVOS DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS NA PAN-AMAZÔNIA\",\"authors\":\"Alyson Fernando Alves Ribeiro\",\"doi\":\"10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.40.56\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"A barbárie como manifestação da violência aparece como estrutura sistêmica do capitalismo e é um presente vivo, enganando-se quem acredita que é passado. Este texto faz uma reflexão sobre a violência no seio da reprodução do capital, tendo como base o Relatório de Assassinatos na Pan-Amazônia, publicado pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT). As terras dos povos do campo, das águas e das florestas vivenciam invasões, cuja resistência é repelida brutalmente sob a forma de assassinatos na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, praticados pelos grileiros, fazendeiros, garimpeiros, militares, narcotraficantes e pela força policial (braço armado do Estado). Esse cenário é representativo da acumulação primitiva em curso na Pan-Amazônia, que busca a transformação de tudo em mercadoria através da capacidade produtiva do capital e sua dinâmica do mais-valor. Na Amazônia brasileira, o campesinato encontra seu extremo: o latifúndio grilado e improdutivo que, pelo arrepio da violência armada, disputa a(s) riqueza(s) diversa(s) e adversa(s) da (na) terra.\",\"PeriodicalId\":364854,\"journal\":{\"name\":\"REVISTA GEONORTE\",\"volume\":\"38 43\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2024-01-09\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"REVISTA GEONORTE\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.40.56\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"REVISTA GEONORTE","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.21170/geonorte.2024.v.15.n.47.40.56","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
TERRA SANGRADA: MASSACRES DOS POVOS DO CAMPO, DAS ÁGUAS E DAS FLORESTAS NA PAN-AMAZÔNIA
A barbárie como manifestação da violência aparece como estrutura sistêmica do capitalismo e é um presente vivo, enganando-se quem acredita que é passado. Este texto faz uma reflexão sobre a violência no seio da reprodução do capital, tendo como base o Relatório de Assassinatos na Pan-Amazônia, publicado pela Comissão da Pastoral da Terra (CPT). As terras dos povos do campo, das águas e das florestas vivenciam invasões, cuja resistência é repelida brutalmente sob a forma de assassinatos na Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador e Peru, praticados pelos grileiros, fazendeiros, garimpeiros, militares, narcotraficantes e pela força policial (braço armado do Estado). Esse cenário é representativo da acumulação primitiva em curso na Pan-Amazônia, que busca a transformação de tudo em mercadoria através da capacidade produtiva do capital e sua dinâmica do mais-valor. Na Amazônia brasileira, o campesinato encontra seu extremo: o latifúndio grilado e improdutivo que, pelo arrepio da violência armada, disputa a(s) riqueza(s) diversa(s) e adversa(s) da (na) terra.