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A análise evidencia que o uso dos protocolos pelo trabalhador ultrapassa o planejamento na saúde. Enfrentando situações cotidianas, os valores e saberes dos trabalhadores são acionados para responder a necessidades específicas, pois os profissionais dominam e renormalizam protocolos e técnicas. Os processos de educação permanente em saúde estão incluídos no cotidiano, mas representam mais atividades formais do que oportunidades de debater valores. Os espaços de educação permanente devem ser aproveitados para propiciar o debate de valores entre instituições, trabalhadores e usuários, tendo como meta a produção do cuidado em saúde. 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Análises ergológicas do agir profissional de equipes de atenção primária à saúde no SUS
Este artigo se propõe a analisar como o uso de conceitos ergológicos do agir em competência, enquanto arcabouço teórico, contribui para a compreensão dos processos de trabalho de equipes de saúde na atenção primária à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Realizou-se um estudo de caso do tipo único integrando duas unidades de análise e abordagem qualitativa. Os cenários da pesquisa são 17 municípios da macrorregião administrativa central do estado do Rio Grande do Sul. Foram realizados 26 grupos focais, sendo 17 na Unidade de Análise 1 (17 médicos, 17 enfermeiros e 17 cirurgiões-dentistas) e 9 na Unidade de Análise 2 (18 cirurgiões-dentistas, 6 técnicos e 4 auxiliares de saúde bucal). Um roteiro embasado na teoria sobre o agir em competência orientou os grupos. A análise evidencia que o uso dos protocolos pelo trabalhador ultrapassa o planejamento na saúde. Enfrentando situações cotidianas, os valores e saberes dos trabalhadores são acionados para responder a necessidades específicas, pois os profissionais dominam e renormalizam protocolos e técnicas. Os processos de educação permanente em saúde estão incluídos no cotidiano, mas representam mais atividades formais do que oportunidades de debater valores. Os espaços de educação permanente devem ser aproveitados para propiciar o debate de valores entre instituições, trabalhadores e usuários, tendo como meta a produção do cuidado em saúde. Assim, proporcionar que os trabalhadores assumam seu papel de protagonistas da atividade implicaria na reunião de saberes (prévios e adquiridos) e valores em busca de uma produção criativa no trabalho.