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questão identitária nas eleições municipais de 2020
As eleições municipais no Brasil em 2020 foram marcadas, entre outras coisas, pelo debate da representação identitária dos candidatos. Nas plataformas de redes sociais, a questão foi amplamente discutida e pautaram parte do processo, incluindo o surgimento de neologismos como “identitarismo”. Esta pesquisa, de método misto, com uma etapa de processamento automatizado de linguagem natural e uma outra, genealógica, tem como objetivo compreender o que está sendo chamado de “identitarismo” no Twitter, de quais fenômenos o conceito tenta dar conta e o que ele tem produzido no jogo político atual. Após elaborarmos sobre a teorização sobre representação e identidade, discorremos sobre as disputas políticas ao redor da raça, do gênero e da sexualidade, e as controvérsias produzidas sobre os partidos políticos alinhados à esquerda no Twitter. Concluímos que o “identitarismo” é usado como uma adjetivação que classifica um suposto movimento, perspectiva, partido ou ação política que inclui em sua base questões de minorias raciais, de gênero e sexuais. Entretanto, fica evidente que nenhum movimento se reivindica enquanto “identitarista” e, de modo geral, o uso do termo é para depreciar estratégias políticas que se baseiam prioritariamente na defesa de algumas minorias.