主观乌托邦:塞琳-斯基亚玛的《着火女孩的肖像》(2019)中作为艺术姿态的 "同性恋

Daniel Oliveira Silva
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摘要

通过将艺术史中的同性恋方法与电影分析并列,本文建议重新配置关于艺术与非异性恋主体之间关系的讨论,摒弃单纯的表现概念,转而反思创作行为的性别化和同性恋化。基于里德(Reed,2011 年)、戴尔(Dyer,2002 年)和哈尔佩林(Halperin,2012 年)等理论家的研究成果,本研究探讨了艺术姿态如何成为一种同性恋创作行为(席尔瓦,2021 年),这种创作行为不是突出一种身份,而是能够基于非规范性的主体性,对世界和艺术本身--无论是作为过程还是作为作品--进行再创作。随后,作者运用电影制作人理论提出的方法,研究了电影《着火少女的肖像》(Céline Sciamma: 2019)是如何实现这一假设的。通过对影片及其导演话语的分析,研究展示了这位法国电影导演如何通过基于水平和平等目光的小说和艺术作品的理念,不仅将其主要人物,而且将艺术史和创作过程 "同性恋化":她作为导演的目光;她的两位主角的目光;以及观众的目光。文章从影片中的这一视角出发,推断出艺术在与非异性恋主体的关系中,如何能够超越代表性和可见性的概念,成为一种能够从创作者的主体性和经验中构建同性恋乌托邦的工具。
本文章由计算机程序翻译,如有差异,请以英文原文为准。
Utopias subjetivas: o queer como gesto artístico em Retrato de uma Jovem em Chamas, de Céline Sciamma (2019)
Justapondo uma abordagem queer da história da arte com a análise fílmica, este artigo propõe uma reconfiguração da discussão sobre a relação entre arte e sujeitos não heterossexuais, abandonando uma noção de mera representação, em direção a uma reflexão sobre genderização e queerização do ato criativo. Com base nos trabalhos de teóricos como Reed (2011), Dyer (2002) e Halperin (2012), a investigação pondera como o gesto artístico pode se tornar um ato de criação queer (Silva, 2021) que, mais do que colocar em evidência uma identidade, é capaz de reelaborar o mundo e a própria arte – tanto como processo quanto como obra – a partir de subjetividades não normativas. Em seguida, o autor examina, utilizando a metodologia proposta pela Teoria dos Cineastas, como essa hipótese se concretiza no filme Retrato de uma Jovem em Chamas (Céline Sciamma: 2019). Por meio de uma análise do filme e do discurso de sua diretora, a investigação demonstra como a cineasta francesa queeriza não apenas suas personagens principais, mas a história da arte e o processo criativo, por meio da ideia de um romance e de um trabalho artístico baseados em horizontalidade e igualdade de olhares: o dela como diretora; os de suas duas protagonistas; e o do espectador. A partir desse mise-en-regard encenado no filme, o artigo infere como a arte, na sua relação com sujeitos não heterossexuais, pode ir além da noção de representação e visibilidade, tornando-se uma ferramenta capaz de construir utopias queer a partir das subjetividades e experiências de seus/uas criadores/as.
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