{"title":"揭开神话的面纱:《巴别塔》中的语言,安东尼娅-托雷昂-埃雷拉著;《同义词》中的外国人,纳达夫-拉皮德著","authors":"Gabriela Lopes Vasconcellos de Andrade","doi":"10.1590/2596-304x20232549glva","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"RESUMO O presente texto versa sobre uma análise do livro Babel, de Antonia Torreão Herrera (2020), e do filme Sinônimos, de Nadav Lapid (2019), no intuito de repensar a língua e a globalização a partir do mito de Babel. Nesse sentido, baseado no pensamento sobre língua e tradução de Jacques Derrida, no conceito de linguajamento de Water Mignolo e na discussão de Michel Foucault sobre Dom Quixote (2012) em diálogo com o filme, busca-se esboçar a problemática da concepção de globalização em uma perspectiva decolonial que critica a lógica binária capital-colonial. Assim, o objetivo é pensar como a poesia de Antonia Torreão Herrera e a narrativa cinematográfica de Nadav Lapid tencionam a tirania da língua e a produção de marginalizações em um contexto global. Para isso, discute-se o conceito de desbabelizar, presente no texto mítico-filosófico-poético de Antonia Torreão Herrera, relacionado à ideia de desglobalização, baseado no pensamento de Pablo Solón, no intuito de repensar os binômios globalizar-babelizar e desglobalizar-desbabelizar. Dessa forma, a partir da interpretação do poema e do filme, foi possível delinear o potencial plástico e ambivalente da língua e da linguagem artística, que rompe com o binarismo tirânico da globalização.","PeriodicalId":33855,"journal":{"name":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","volume":"26 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-08-01","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Desbabelizar o mito: a língua em Babel, de Antonia Torreão Herrera, e o estrangeiro em Sinônimos, de Nadav Lapid\",\"authors\":\"Gabriela Lopes Vasconcellos de Andrade\",\"doi\":\"10.1590/2596-304x20232549glva\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"RESUMO O presente texto versa sobre uma análise do livro Babel, de Antonia Torreão Herrera (2020), e do filme Sinônimos, de Nadav Lapid (2019), no intuito de repensar a língua e a globalização a partir do mito de Babel. Nesse sentido, baseado no pensamento sobre língua e tradução de Jacques Derrida, no conceito de linguajamento de Water Mignolo e na discussão de Michel Foucault sobre Dom Quixote (2012) em diálogo com o filme, busca-se esboçar a problemática da concepção de globalização em uma perspectiva decolonial que critica a lógica binária capital-colonial. Assim, o objetivo é pensar como a poesia de Antonia Torreão Herrera e a narrativa cinematográfica de Nadav Lapid tencionam a tirania da língua e a produção de marginalizações em um contexto global. Para isso, discute-se o conceito de desbabelizar, presente no texto mítico-filosófico-poético de Antonia Torreão Herrera, relacionado à ideia de desglobalização, baseado no pensamento de Pablo Solón, no intuito de repensar os binômios globalizar-babelizar e desglobalizar-desbabelizar. Dessa forma, a partir da interpretação do poema e do filme, foi possível delinear o potencial plástico e ambivalente da língua e da linguagem artística, que rompe com o binarismo tirânico da globalização.\",\"PeriodicalId\":33855,\"journal\":{\"name\":\"Revista Brasileira de Literatura Comparada\",\"volume\":\"26 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-08-01\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Brasileira de Literatura Comparada\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.1590/2596-304x20232549glva\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Brasileira de Literatura Comparada","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.1590/2596-304x20232549glva","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Desbabelizar o mito: a língua em Babel, de Antonia Torreão Herrera, e o estrangeiro em Sinônimos, de Nadav Lapid
RESUMO O presente texto versa sobre uma análise do livro Babel, de Antonia Torreão Herrera (2020), e do filme Sinônimos, de Nadav Lapid (2019), no intuito de repensar a língua e a globalização a partir do mito de Babel. Nesse sentido, baseado no pensamento sobre língua e tradução de Jacques Derrida, no conceito de linguajamento de Water Mignolo e na discussão de Michel Foucault sobre Dom Quixote (2012) em diálogo com o filme, busca-se esboçar a problemática da concepção de globalização em uma perspectiva decolonial que critica a lógica binária capital-colonial. Assim, o objetivo é pensar como a poesia de Antonia Torreão Herrera e a narrativa cinematográfica de Nadav Lapid tencionam a tirania da língua e a produção de marginalizações em um contexto global. Para isso, discute-se o conceito de desbabelizar, presente no texto mítico-filosófico-poético de Antonia Torreão Herrera, relacionado à ideia de desglobalização, baseado no pensamento de Pablo Solón, no intuito de repensar os binômios globalizar-babelizar e desglobalizar-desbabelizar. Dessa forma, a partir da interpretação do poema e do filme, foi possível delinear o potencial plástico e ambivalente da língua e da linguagem artística, que rompe com o binarismo tirânico da globalização.