{"title":"亚里士多德中适当的和不适当的实质性自然化合物的交叉点","authors":"Rodrigo Romão de Carvalho","doi":"10.11606/issn.1981-9471.v17i2p44-70","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Ao longo da Metafísica e dos tratados de filosofia natural, Aristóteles toma os organismos vivos como os exemplos paradigmáticos de οὐσίαι (substâncias) naturais. No entanto, além dos organismos vivos, em certas passagens o filósofo menciona, também, as partes dos viventes e os elementos como exemplos de substâncias. Contudo, em outras passagens, Aristóteles parece considerar que as partes dos seres vivos e os corpos elementares não representariam, genuinamente ou propriamente, entidades substanciais. Por outro lado, em nenhum momento, o filósofo parece indicar expressamente os corpos homogêneos inanimados (metais e minerais), tratados no livro IV dos Meteorológicos, enquanto tipos de seres substanciais. Neste artigo, pretendo, então, examinar se as partes do vivente e os elementos poderiam, de fato, contar ou não como exemplares genuínos de substâncias naturais; e em que medida os corpos homogêneos inanimados, a despeito de não serem explicitamente citados na condição de entes substanciais, poderiam, a partir do exame de suas naturezas composicionais, sustentarem, de uma maneira estrita, o título de οὐσίαι naturais.","PeriodicalId":185531,"journal":{"name":"Journal of ancient philosophy","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-10-31","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"O ponto de intersecção entre compostos naturais propriamente e não propriamente substanciais em Aristóteles\",\"authors\":\"Rodrigo Romão de Carvalho\",\"doi\":\"10.11606/issn.1981-9471.v17i2p44-70\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Ao longo da Metafísica e dos tratados de filosofia natural, Aristóteles toma os organismos vivos como os exemplos paradigmáticos de οὐσίαι (substâncias) naturais. No entanto, além dos organismos vivos, em certas passagens o filósofo menciona, também, as partes dos viventes e os elementos como exemplos de substâncias. Contudo, em outras passagens, Aristóteles parece considerar que as partes dos seres vivos e os corpos elementares não representariam, genuinamente ou propriamente, entidades substanciais. Por outro lado, em nenhum momento, o filósofo parece indicar expressamente os corpos homogêneos inanimados (metais e minerais), tratados no livro IV dos Meteorológicos, enquanto tipos de seres substanciais. Neste artigo, pretendo, então, examinar se as partes do vivente e os elementos poderiam, de fato, contar ou não como exemplares genuínos de substâncias naturais; e em que medida os corpos homogêneos inanimados, a despeito de não serem explicitamente citados na condição de entes substanciais, poderiam, a partir do exame de suas naturezas composicionais, sustentarem, de uma maneira estrita, o título de οὐσίαι naturais.\",\"PeriodicalId\":185531,\"journal\":{\"name\":\"Journal of ancient philosophy\",\"volume\":\"3 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-10-31\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Journal of ancient philosophy\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.11606/issn.1981-9471.v17i2p44-70\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Journal of ancient philosophy","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.11606/issn.1981-9471.v17i2p44-70","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
O ponto de intersecção entre compostos naturais propriamente e não propriamente substanciais em Aristóteles
Ao longo da Metafísica e dos tratados de filosofia natural, Aristóteles toma os organismos vivos como os exemplos paradigmáticos de οὐσίαι (substâncias) naturais. No entanto, além dos organismos vivos, em certas passagens o filósofo menciona, também, as partes dos viventes e os elementos como exemplos de substâncias. Contudo, em outras passagens, Aristóteles parece considerar que as partes dos seres vivos e os corpos elementares não representariam, genuinamente ou propriamente, entidades substanciais. Por outro lado, em nenhum momento, o filósofo parece indicar expressamente os corpos homogêneos inanimados (metais e minerais), tratados no livro IV dos Meteorológicos, enquanto tipos de seres substanciais. Neste artigo, pretendo, então, examinar se as partes do vivente e os elementos poderiam, de fato, contar ou não como exemplares genuínos de substâncias naturais; e em que medida os corpos homogêneos inanimados, a despeito de não serem explicitamente citados na condição de entes substanciais, poderiam, a partir do exame de suas naturezas composicionais, sustentarem, de uma maneira estrita, o título de οὐσίαι naturais.