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O gênero epistolar: gênese das obras, gênese de si
Este artigo recorre ao gênero epistolar para indicar a possibilidade de uma compreensão mais ampla dos processos criativos em literatura no século XIX. Busca-se aqui a sistematização dos modos de se entrever, na correspondência, os estágios iniciais da redação, os planos de obras e os dilemas dos autores ao longo do tempo. Destacam-se os “titubeios”, os horizontes estéticos ainda em formação, os desejos e as ambições individuais; tais diálogos, abrigados nas correspondências de escritor (Stendhal, Balzac, Sand, Musset, Flaubert, Zola, Mallarmé, Rimbaud etc.), emergem como elemento incontornável à compreensão dos processos de redação e, consequentemente, do espaço polifônico em que suas obras se produzem. Destaca-se ainda, aqui, a evolução do gênero epistolar, sublinhando sua capacidade de constituir o “laboratório de escrita” que se abre para leitura.