{"title":"在极端情况下救人的职业","authors":"Amanda Venturino Estorque, Ricardo Lopes Correia, Beatriz Akemi Takeiti, Daniela Tavares Gontijo","doi":"10.5354/0719-5346.2023.69738","DOIUrl":null,"url":null,"abstract":"Introdução: O envolvimento ocupacional em situações extremas pode produzir a desumanização de pessoas, grupos e populações em seus contextos socioculturais, compondo mecanismos de privação que impedem a realização das ocupações e extraem seus significados. A memória, o enraizamento cultural e os rituais cotidianos podem gerar mecanismos de manutenção de ocupações significativas em situações extremas, \"salvando\" seres humanos da perda \"completa\" de sua humanidade. Objetivo: Compreender teoricamente a sobrevivência em situações extremas no contexto do holocausto através do envolvimento ocupacional. Método: Pesquisa documental, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, com aproximações do método hermenêutico, realizada entre outubro de 2019 e março de 2020. Utilizou-se sete livros baseados em diários de crianças e adolescentes judias que vivenciaram o Holocausto. Resultados: Observou-se que as ocupações cumprem funções específicas para a sobrevivência em situações extremas, como a investigada no contexto do Holocausto. Estas ocupações estiveram relacionadas à reparação e cuidado do corpo, manutenção e estruturação da rotina, espiritualidade, lazer, sociabilidade e convivência comunitária, e o sentir-se produtivo. Conclusão: O envolvimento em ocupações participa da elaboração de traumas psicossociais, através da manutenção dos significados socioculturais compartilhados que preservam o senso de humanidade em situações extremas.","PeriodicalId":32829,"journal":{"name":"Revista Chilena de Terapia Ocupacional","volume":"3 1","pages":""},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-15","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"Ocupações que salvam em situações extremas\",\"authors\":\"Amanda Venturino Estorque, Ricardo Lopes Correia, Beatriz Akemi Takeiti, Daniela Tavares Gontijo\",\"doi\":\"10.5354/0719-5346.2023.69738\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Introdução: O envolvimento ocupacional em situações extremas pode produzir a desumanização de pessoas, grupos e populações em seus contextos socioculturais, compondo mecanismos de privação que impedem a realização das ocupações e extraem seus significados. A memória, o enraizamento cultural e os rituais cotidianos podem gerar mecanismos de manutenção de ocupações significativas em situações extremas, \\\"salvando\\\" seres humanos da perda \\\"completa\\\" de sua humanidade. Objetivo: Compreender teoricamente a sobrevivência em situações extremas no contexto do holocausto através do envolvimento ocupacional. Método: Pesquisa documental, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, com aproximações do método hermenêutico, realizada entre outubro de 2019 e março de 2020. Utilizou-se sete livros baseados em diários de crianças e adolescentes judias que vivenciaram o Holocausto. Resultados: Observou-se que as ocupações cumprem funções específicas para a sobrevivência em situações extremas, como a investigada no contexto do Holocausto. Estas ocupações estiveram relacionadas à reparação e cuidado do corpo, manutenção e estruturação da rotina, espiritualidade, lazer, sociabilidade e convivência comunitária, e o sentir-se produtivo. Conclusão: O envolvimento em ocupações participa da elaboração de traumas psicossociais, através da manutenção dos significados socioculturais compartilhados que preservam o senso de humanidade em situações extremas.\",\"PeriodicalId\":32829,\"journal\":{\"name\":\"Revista Chilena de Terapia Ocupacional\",\"volume\":\"3 1\",\"pages\":\"\"},\"PeriodicalIF\":0.0000,\"publicationDate\":\"2023-11-15\",\"publicationTypes\":\"Journal Article\",\"fieldsOfStudy\":null,\"isOpenAccess\":false,\"openAccessPdf\":\"\",\"citationCount\":\"0\",\"resultStr\":null,\"platform\":\"Semanticscholar\",\"paperid\":null,\"PeriodicalName\":\"Revista Chilena de Terapia Ocupacional\",\"FirstCategoryId\":\"1085\",\"ListUrlMain\":\"https://doi.org/10.5354/0719-5346.2023.69738\",\"RegionNum\":0,\"RegionCategory\":null,\"ArticlePicture\":[],\"TitleCN\":null,\"AbstractTextCN\":null,\"PMCID\":null,\"EPubDate\":\"\",\"PubModel\":\"\",\"JCR\":\"\",\"JCRName\":\"\",\"Score\":null,\"Total\":0}","platform":"Semanticscholar","paperid":null,"PeriodicalName":"Revista Chilena de Terapia Ocupacional","FirstCategoryId":"1085","ListUrlMain":"https://doi.org/10.5354/0719-5346.2023.69738","RegionNum":0,"RegionCategory":null,"ArticlePicture":[],"TitleCN":null,"AbstractTextCN":null,"PMCID":null,"EPubDate":"","PubModel":"","JCR":"","JCRName":"","Score":null,"Total":0}
Introdução: O envolvimento ocupacional em situações extremas pode produzir a desumanização de pessoas, grupos e populações em seus contextos socioculturais, compondo mecanismos de privação que impedem a realização das ocupações e extraem seus significados. A memória, o enraizamento cultural e os rituais cotidianos podem gerar mecanismos de manutenção de ocupações significativas em situações extremas, "salvando" seres humanos da perda "completa" de sua humanidade. Objetivo: Compreender teoricamente a sobrevivência em situações extremas no contexto do holocausto através do envolvimento ocupacional. Método: Pesquisa documental, de abordagem qualitativa, do tipo exploratória, com aproximações do método hermenêutico, realizada entre outubro de 2019 e março de 2020. Utilizou-se sete livros baseados em diários de crianças e adolescentes judias que vivenciaram o Holocausto. Resultados: Observou-se que as ocupações cumprem funções específicas para a sobrevivência em situações extremas, como a investigada no contexto do Holocausto. Estas ocupações estiveram relacionadas à reparação e cuidado do corpo, manutenção e estruturação da rotina, espiritualidade, lazer, sociabilidade e convivência comunitária, e o sentir-se produtivo. Conclusão: O envolvimento em ocupações participa da elaboração de traumas psicossociais, através da manutenção dos significados socioculturais compartilhados que preservam o senso de humanidade em situações extremas.