Federico Navarro, Theresa Lillis, Tiane Donahue, Mary Jane Curry, Natalia Ávila Reyes, Magnus Gustafsson, Virginia Zavala, Daniela Lauría, A. Lukin, Carolyn McKinney, Haiying Feng, Désirée Motta-Roth
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Buscamos discutir alguns pressupostos sobre o uso do inglês como “língua franca” em contextos acadêmico-científicos, identificar o impacto destes pressupostos nas trajetórias de produção e recepção de conhecimentos, e legitimar o uso de múltiplas línguas para a troca acadêmica transnacional. Propomos dez princípios: o uso do inglês quanto “língua franca” acadêmico-científica não sempre promove a inclusão; uma suposta “língua franca” acadêmicocientífica pode atuar como língua de dominação; uma política de inglês como “língua franca” pode desincentivar as traduções e limitar a participação; as políticas que posicionam o inglês como a “língua franca” acadêmico-científica contemporânea podem sugerir que o conhecimento produzido em inglês é o único que existe; a imposição do inglês como suposta “língua franca” acadêmico-científica é uma manifestação da distribuição desigual da produção e recepção do conhecimento; as línguas/variedades funcionam como recursos potentes para a criação de conhecimento; a escolha de uma língua de publicação ou apresentação é um direito sociolinguístico; a escolha de uma língua de publicação ou apresentação é um ato político; os organizadores de congressos deveriam ter o direito de eleger qual(is) língua(s) fomentar; os organizadores e participantes em congressos deveriam ser criativos e atentos para incluir audiências tão diversas quanto possível.