As recomendações sobre a Esgrima nas aulas de Educação Física e as percepções docentes: se aproximam ou se distanciam?

Neste artigo trazemos os resultados que uma investigação que buscou responder a seguinte questão: Quais são as aproximações e os distanciamentos entre o que recomendam os documentos e o que de fato os professores fazem na escola sobre o ensino do conteúdo Luta/Esgrima? Para respondê-la acessamos primeiramente os documentos oficiais, norteadores da Educação Básica, em específico, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC-2018), o Referencial Curricular do Paraná (RCP-2018) e o Currículo da Rede Estadual Paranaense (CREP-2019). A partir desse corpus, evidenciamos oito categorias: Experimentação, Uso e apropriação, Fruição, Reflexão sobre a ação, Construção de Valores, Análise, Compreensão, Protagonismo comunitário. Diante das categorias estabelecidas a priori, entrevistamos professores de Educação Física questionando-os sobre o conteúdo Esgrima e como trabalhavam com ele junto a seus alunos. Concluímos que há um distanciamento entre o que recomendam os documentos supracitados e o que de fato os professores fazem na escola. Após as transcrições das entrevistas e a categorização dos 105 excertos obtidos, constatamos que 81 mencionavam distanciamentos, o que equivale a 77% dos comentários.