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What we talk about when we talk about play in artistic research
O presente artigo ensaia a noção de “jogo” nos territórios do pensamento e das práticas artísticas contemporâneas, como um “dispositivo” ou “contra-dispositivo” representacional. Para tal, analisa o modo como a sua aparente paradoxalidade – dada pela sua indefinibilidade – lhe permitem não só operar como condição aporética de toda a obra de arte e da sua irredutibilidade no plano da interpretação, mas, simultaneamente, assumir-se como “literalidade” ao nível das suas táticas, atitudes, estratégias e processos criativos, onde a noção – “jogo” – se transforma não só em termos estéticos e poéticos no mote para uma “apropriação” e transfiguração de práticas, contextos, objetos e comportamentos, como os seus resultados ampliam e “re-significam” o seu próprio conceito e definição.