Jorge Felipe Marçal, Thiago Ranniery Moreira de Oliveira
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Este artigo tem como objetivo pensar as possibilidades de descolonização no ensino de Biologia, tendo como escopo as relações entre conhecimento científico e conhecimentos “não científicos” na constituição do conhecimento escolar. Propomos um debate sobre essas relações, interrogando a divisão binária entre tais conhecimentos e sua gramática de alterização da diferença. Argumentamos que tal binaridade articula a sujeição da diferença em termos de “outros” saberes que não os científicos, reescrevendo suas formas como conhecimentos transparentes e substancializáveis. Essa operação fragmenta o potencial do debate sobre a descolonização dos currículos de Biologia com sua promessa de representação via inclusão, ao passo que negligencia a tarefa de deslocar o estatuto das ciências biológicas da pretensão de totalidade e integralidade.