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Para responder a esse problema, o trabalho de pesquisa foi dividido em três etapas, iniciando com o levantamento de leituras, seguidas de outras duas etapas, a coleta de dados em campo e produção de mapa de localização, e da análise e escrita dos dados coletados. Dessa forma, alcançou-se as respostas pretendidas com os objetivos deste trabalho. A morfologia cárstica possui uma gênese característica, necessitando de climas propícios, com grande aporte de umidade, temperaturas elevadas e componentes mineralógicos ideais para dissolução/erosão, como a calcita e dolomita. A gênese e evolução do carste da região é resultado da ação conjunta de fatores exógenos, tais como a umidade e temperatura, algo que não é verificado na região nos dias atuais. Por contar com temperaturas elevadas e baixos índices de umidade ao longo do ano, se caracterizando como semiárido, a morfologia cárstica presente na área é reflexo de uma formação em condições climáticas pretéritas. Por conseguinte, através de análises palinológicas, verificou-se que o carte do Vale do São Romão, sofreu fortes influências durante o fim do pleistoceno tardio e início do Holoceno, quando as condições de umidade e pluviosidade eram consideravelmente maiores, propiciando um cenário ideal para o amadurecimento de feições superficiais e subsuperficiais.","PeriodicalId":507556,"journal":{"name":"Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento","volume":null,"pages":null},"PeriodicalIF":0.0000,"publicationDate":"2023-11-28","publicationTypes":"Journal Article","fieldsOfStudy":null,"isOpenAccess":false,"openAccessPdf":"","citationCount":"0","resultStr":"{\"title\":\"A influência paleoclimática na gênese da morfologia cárstica: uma análise do carste do São Romão, entre os Municípios de Altaneira e Farias Brito, Ceará, Brasil\",\"authors\":\"Carlos Vicente Soares Araújo\",\"doi\":\"10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/geografia/influencia-paleoclimatica\",\"DOIUrl\":null,\"url\":null,\"abstract\":\"Este trabalho busca entender as possíveis condições paleoclimáticas que atuaram na formação da morfologia cárstica presente no vale do São Romão, entre os municípios de Altaneira e Farias Brito, estado do Ceará. 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A influência paleoclimática na gênese da morfologia cárstica: uma análise do carste do São Romão, entre os Municípios de Altaneira e Farias Brito, Ceará, Brasil
Este trabalho busca entender as possíveis condições paleoclimáticas que atuaram na formação da morfologia cárstica presente no vale do São Romão, entre os municípios de Altaneira e Farias Brito, estado do Ceará. Trata-se de uma região de clima semiárido, que apresenta um conjunto de formas tipicamente cársticas, constituídas sobre cristas residuais em metacalcários, tais como os lápias, que se encontram expostos à superfície. A partir disso, surge um questionamento ímpar, se traduzindo em: quais as condições climáticas do passado atuaram na formação e evolução do carste da região em epígrafe? Para responder a esse problema, o trabalho de pesquisa foi dividido em três etapas, iniciando com o levantamento de leituras, seguidas de outras duas etapas, a coleta de dados em campo e produção de mapa de localização, e da análise e escrita dos dados coletados. Dessa forma, alcançou-se as respostas pretendidas com os objetivos deste trabalho. A morfologia cárstica possui uma gênese característica, necessitando de climas propícios, com grande aporte de umidade, temperaturas elevadas e componentes mineralógicos ideais para dissolução/erosão, como a calcita e dolomita. A gênese e evolução do carste da região é resultado da ação conjunta de fatores exógenos, tais como a umidade e temperatura, algo que não é verificado na região nos dias atuais. Por contar com temperaturas elevadas e baixos índices de umidade ao longo do ano, se caracterizando como semiárido, a morfologia cárstica presente na área é reflexo de uma formação em condições climáticas pretéritas. Por conseguinte, através de análises palinológicas, verificou-se que o carte do Vale do São Romão, sofreu fortes influências durante o fim do pleistoceno tardio e início do Holoceno, quando as condições de umidade e pluviosidade eram consideravelmente maiores, propiciando um cenário ideal para o amadurecimento de feições superficiais e subsuperficiais.