Mateus Rodrigues Linhares, Arthur Vinicios Araújo De Souza, Sarah Diniz Pereira, M. H. Silva, Amanda de Borba Reis, A. Reis, Marcus Vinícius Da Silva, Yasmin Vieira Alencar, Amanda Queiroz De Sousa, Geraldo Cardoso Feitosa Pessoa De Carvalho, Renato Magalhães Iqueda, Patrik Tomazini dos Reis, Carla Queiroz Fernandes De Paula, Tulio Silva F Tavares, Amanda Celina Bueno Lage, Catarina Castro Dos Santos, Paul William Santos, Jiulia Horrana Alves Vieira, Pedro Henrique Vidal Pinho, Yasmin Daher Kozak
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Logo, a obesidade associada ao pneumoperitônio intensifica ainda mais a PIA, necessitando de maior trabalho dos músculos respiratórios e modificações da relação ventilação/perfusão que contribuem para a diminuição da oxigenação arterial. Desse modo, existe na obesidade um aumento do risco para complicações advindas do pneumoperitônio criado na videolaparoscopia, uma vez que a diminuição da complacência pulmonar e o aumento da pressão elástica do sistema respiratório são mais graves em pacientes acima do peso. Além disso, o pneumoperitônio em pacientes obesos é reconhecido como risco para diversas alterações sistêmicas, tanto cardiovasculares quanto pulmonares. Portanto, entende-se que apesar de todas as vantagens da videolaparoscopia, a PIA causada pelo pneumoperitônio pode gerar complicações em vários sistemas do corpo, podendo ser potencializada pela obesidade. 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As complicações sistêmicas do pneumoperitônio na realização de uma videolaparoscopia em pacientes obesos: uma revisão de literatura
A videolaparoscopia tem se tornado uma técnica cada vez mais utilizada em procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, proporcionando menor tempo de internação, de recuperação e menores índices de complicações pós-operatórias. Entretanto, em pacientes obesos, o pneumoperitônio por insuflamento de dióxido de carbono no abdômen, pode levar a distúrbios da mecânica respiratória durante e após a cirurgia, além do aumento do risco de complicações sistêmicas cardiovasculares e pulmonares. Dessa forma, com o crescente corpo de literatura sobre as complicações sistêmicas do pneumoperitônio na realização de videolaparoscopia em pacientes obesos, foi possível a realização de uma revisão integrativa de literatura por meio da plataforma pubmed, com seleção e análise criteriosa dos artigos, a fim de revisar e analisar as evidências atuais sobre o impacto do pneumoperitônio e suas complicações em obesos. Nesta revisão foi identificado que a obesidade naturalmente aumenta a pressão intra-abdominal (PIA) gerando dificuldades mecânicas na respiração. Logo, a obesidade associada ao pneumoperitônio intensifica ainda mais a PIA, necessitando de maior trabalho dos músculos respiratórios e modificações da relação ventilação/perfusão que contribuem para a diminuição da oxigenação arterial. Desse modo, existe na obesidade um aumento do risco para complicações advindas do pneumoperitônio criado na videolaparoscopia, uma vez que a diminuição da complacência pulmonar e o aumento da pressão elástica do sistema respiratório são mais graves em pacientes acima do peso. Além disso, o pneumoperitônio em pacientes obesos é reconhecido como risco para diversas alterações sistêmicas, tanto cardiovasculares quanto pulmonares. Portanto, entende-se que apesar de todas as vantagens da videolaparoscopia, a PIA causada pelo pneumoperitônio pode gerar complicações em vários sistemas do corpo, podendo ser potencializada pela obesidade. Essa patologia se apresenta não apenas como um dificultador técnico ou um fator de risco, mas também como um cooperante às complicações do pneumoperitônio, que necessita ser combatida.