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A agricultura brasileira após o Plano de Metas: a modernização agrícola sem reforma agrária (1961-1978)
o artigo descreve o comportamento da agricultura brasileira entre 1961 e 1978. Seu objetivo é testar empiricamente a hipótese de que haveria uma quebra na tendência histórica de oito variáveis econômicas que podem influenciar a decisão do agricultor em adotar práticas agrícolas modernas de acordo com o modelo Paiva-Schultz: o preço e a produtividade do capital e do trabalho na agricultura, assim como o preço interno e externo e o consumo dos produtos agrícolas. Para isso, a metodologia de pesquisa é a técnica de análise de estrutura de quebra de séries temporais. Os resultados encontraram evidências empíricas de que no biênio 1963-1964 houve uma quebra na tendência histórica dessas variáveis e no final da década de 1970 uma melhora na elasticidade-preço da oferta agrícola de consumo interno. Essas transformações explicam o deslanche da modernização agrícola e – como o outro lado da mesma moeda – a obsolescência da reforma agrária no Brasil.