Lis Yana de Lima Martinez, Páscoa Maria Pereira Duarte
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摘要
在这篇课文中,我们欢迎并分析美国作家玛德琳-勒恩格尔的小说《时间的折叠》(1962 年),其情节探索了科学、魔法和精神之间的丰富联系,被归类为儿童科学幻想小说。在这部五部曲中的第一部中,故事围绕着一个正面临自尊和接纳问题的少女展开,她和弟弟查尔斯-华莱士以及学校里的大男孩卡尔文-奥基夫一起,踏上了寻找父亲的旅程,开始了穿越宇宙时空的冒险。我们的分析工作是理解主人公的个人旅程,以及她如何反映和折射以往故事中的其他女性角色。在这个旨在编织与其他奇幻文学作品的潜在互文联系的旅程中,我们分析了奇幻流派中的主角,尤其是所选叙事中女主角梅格这一形象中的女性主角,试图指出她与最初由男性形象塑造的叙事角色的期望之间的共鸣和不和谐之处,但随着时间的推移,这种期望中一直存在着抵触和重要的女性存在。为此,我们的理论贡献包括研究女主人公形象的作者,如 Terri Frontgia (1991)、Valerie Frankel (2010) 和 Maureen Murdock (1990),以及研究叙事中的性别问题及其象征意义的学者,即 Farah Mendlesohn (2008)、Brian Attebery (2004)、Betty Kay Seibt (1988) 以及 Elizabeth Dowling 和 W. George Scarlett (2006)。
Neste texto, acolhemos e analisamos o romance Uma dobra no tempo (1962), da escritora norte-americana Madeleine L’Engle, cujo enredo explora abundantes ligações entre o científico, o mágico e o espiritual sendo classificado como fantasia-científica infanto-juvenil. Nessa primeira obra de um quinteto, a narrativa revolve em torno de uma menina adolescente que está lidando com questões de autoestima e aceitação, e que, junto com seu irmão mais novo, Charles Wallace, e o menino mais velho da escola, Calvin O’Keef, parte em busca de seu pai em uma aventura através do espaço e do tempo pelo universo. Nosso intento analítico é compreender a protagonista em sua jornada pessoal e como ela pode refletir e refratar outras personagens femininas de histórias anteriores. Em um percurso que visa tecer potenciais conexões intertextuais com outras obras da literatura fantástica, analisamos o protagonismo dentro do gênero de fantasia, particularmente, o feminino na figura de Meg, heroína da narrativa escolhida, buscando-se apontar suas ressonâncias e dissonâncias referentes às expectativas de um papel narrativo moldado em sua origem pela figura masculina, mas que conta com resistentes e significativas presenças femininas ao longo do tempo. Para isso, trazemos entre nosso aporte teórico, autores que versam sobre a figura da heroína, tais como Terri Frontgia (1991), Valerie Frankel (2010), e Maureen Murdock (1990), bem como estudiosos que tratam sobre as problemáticas de gênero e suas implicações simbólicas dentro da narrativa, a saber Farah Mendlesohn (2008), Brian Attebery (2004), Betty Kay Seibt (1988) e Elizabeth Dowling e W. George Scarlett (2006).