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O artigo apresenta as práticas insurgentes de atores sociais marginalizados no fazer-cidade em Içara, Santa Catarina. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada no Centro de Içara, o texto expõe o esvaziamento do direito à cidade alocado a uma condição jurídica, tecnicista e excludente e o contrapõe com a insurgência de sujeitos que subvertem o controle do poder hegemônico por meio de suas práticas subversivas. Utilizando a perspectiva de Michel de Certeau, a exploração da cidade se deu por meio de “processos caminhatórios” e o seu registro em um diário de campo. Nesse contexto, as manifestações populares contemporâneas, como os grafites e pichações, representam uma forma de fazer-cidade das vozes marginalizadas, assim como a ocupação de espaços públicos por pessoas em situação de rua.